Em 2017, o
Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém (PA), atingiu a marca
de 814.591 atendimentos prestados à população de 21 municípios do Oeste do
Pará. O número expressivo engloba procedimentos cirúrgicos, internações,
consultas, exames e urgência e emergência. O total é 12% superior a 2016,
quando 728.754 atendimentos haviam sido realizados. Em 2017, a unidade ainda
realizou 11 transplantes de rins, 12 captações de órgãos, as primeiras
cirurgias bariátricas do Oeste do Pará e a primeira cirurgia cardíaca do
interior do estado.
Os avanços
significam maior qualidade de vida para quem depende dos serviços de saúde. Em
meio aos 4.627 procedimentos cirúrgicos realizados no ano, está a cirurgia
cardíaca realizada no adolescente E.F.B.S., de 14 anos. “Antes eu queria
brincar com meus irmãos, mas não conseguia. Tinha dificuldade para respirar,
sentia muita falta de ar, cansava rápido com o menor esforço. Sei que agora
tudo vai ficar bem e agradeço muito ao médico e ao hospital pelo o que fizeram
por mim”, falou o jovem, após a alta hospitalar. Essa foi a primeira cirurgia
de coração realizada pelo hospital, em caráter piloto, para que, futuramente, a
unidade estabeleça o programa e comece a oferecer o serviço.
O diretor-geral
do HRBA, Hebert Moreschi, destaca a importância da unidade na promoção da
saúde. “Os números dos atendimentos realizados em 2017 demonstram claramente a
evolução do Hospital Regional nesse período e o quanto ele é importante para a
Saúde do Oeste do Pará. Somos um dos hospitais mais resolutivos de todo o
estado e que leva assistência de qualidade e com segurança para a população”.
Diagnóstico e
tratamento
Ao longo do ano,
mais de 82 mil consultas foram realizadas, sendo 15 mil de Oncologia e 6,6 mil
de Fisioterapia. O número de sessões de Fisioterapia também impressiona:
107.628. O serviço é fundamental para diagnosticar e tratar problemas
relacionados ao movimento e funções do corpo, principalmente após traumas.
Um dos
principais serviços oferecidos pela unidade é a terapia renal substitutiva. Em
2017, mais de 28 mil sessões foram realizadas. Com o avanço do programa de
transplantes, mais 11 pessoas deixaram as máquinas de Hemodiálise e puderam ter
mais qualidade de vida.
Público e
gratuito, o HRBA é gerenciado pela Pró-Saúde Associação Beneficente de
Assistência Social e Hospitalar, sob contrato com a Secretaria de Estado de
Saúde (Sespa). O hospital é referência em qualidade e segurança do paciente na
prestação de serviços de alta e média complexidades.
Oncologia
Mário Humberto,
de 71 anos, realiza tratamento oncológico no HRBA há três anos. Ele já passou
por todos os processos de radioterapia, quimioterapia e cirurgia. Atualmente,
Mário realiza apenas consultas de acompanhamento. “Graças a Deus que este
hospital é uma referência muito grande. Tem uma equipe aqui dentro fora de
série. Vai desde a pessoa que faz a limpeza até no médico. Isso ajuda muito. Quantas
vezes a gente vê a pessoa que está limpando o chão conversar com os pacientes,
sorrir para eles”, conta.
A Oncologia da
unidade tem apresentado crescimento nos últimos anos. Em 2009, 2.730 sessões de
quimioterapia foram realizadas. Em 2015, o total de sessões foi de quase 7.900
(volume 188,6% maior). Em 2017, o número saltou para 11.227, 42% maior do que
2015.
Na Radioterapia,
a realidade é a mesma. Em 2011, quase 12 mil sessões foram realizadas. Em 2015,
o número cresceu para 27.125 sessões, e chegou a 31.871 em 2017. Em seis anos,
o aumento foi superior a 166%.
Satisfação do
usuário
Apesar da
complexidade dos tratamentos, o hospital consegue manter uma boa avaliação dos
usuários. Em 2017, a taxa de satisfação ficou em 92%. Além da capacidade técnica
dos profissionais e infraestrutura oferecida pelo HRBA, os programas de
humanização fazem com que os usuários se sintam muito mais motivados para
enfrentarem os tratamentos.
Raylana Freitas,
de 27 anos, já passou por uma cirurgia de apêndice no HRBA. Agora, ela está
internada na unidade por conta de dores no estômago. “Aqui é um atendimento de
qualidade, todo mundo é bem compreensivo. Durante todo o tempo que estou aqui
sempre fui bem atendida. Aqui eu recebo toda a atenção que preciso, até porque passamos
muito tempo, aí ficamos tensos, ansiosos. Graças a Deus fui bem acolhida”,
afirma Raylana.
Para 2018, o
diretor-geral acredita que o hospital vai evoluir ainda mais. “Temos certeza de
que ainda há muito a ser trabalhado, mas estamos no caminho certo para a
ampliação e implantação de serviços de alta complexidade, que levarão
resolutividade e, também, uma assistência mais complexa e completa para nossa
população”, finaliza Hebert Moreschi.