O Governo do Estado, de forma
integrada entre Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Secretaria Estadual de
Transportes (Setran) e outros órgãos, reforça as ações de enfrentamento aos
acidentes naturais ocasionados pelas chuvas fortes do período.
Quinze municípios, sendo 11 do
sudeste paraense, declararam situação de emergência. A partir do dia 6 de
fevereiro, quando se intensificaram os registros no Sistema Nacional, e a
Defesa Civil Estadual apresentou um relatório para o Governo do Estado, várias
secretarias reuniram-se para tratar o tema, e o governador Simão Jatene
autorizou procedimentos para minimizar os efeitos causados pelos acidentes.
Uma das principais medidas foi
restabelecer a trafegabilidade de rodovias afetadas pelas chuvas. Nesta
segunda-feira (12), quatro frentes iniciam a recuperação nas rodovias PA 279,
PA 327, PA 449 e no município de Bannach. A PA 287 já começou a ser recuperada
desde o mês passado. “Todos os esforços estão sendo feitos para que a
Secretaria Estadual de Transporte aja nessas ações emergenciais onde acontecem
interrupções de trafegabilidade. Em cada uma delas, vamos retirar pontos
críticos e fazer a pavimentação”, disse Jorge Rodrigues, chefe do núcleo
regional da Setran, no sudeste do estado.
Assistência social - Outra preocupação
do Governo do Estado está relacionada com as orientações aos municípios no
preenchimento correto do Sistema Nacional de Defesa Civil, que é o que vai
permitir a resposta do Estado nessas cidades. “A área social está aguardando o
levantamento das coordenadorias dos municípios para que a Secretaria de Estado
de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), junto com as
secretarias municipais de assistência comecem a atender as famílias desalojadas
e desabrigadas. Mas para fazer isso, a gente precisa ter o reconhecimento, com
a situação de emergência homologada, para que o Estado, nas suas diversas
secretarias possa auxiliar as prefeituras”, disse o secretário regional de
governo, Jorge Bittencourt.
Foram atingidas pelos acidentes
naturais provocados pelas chuvas 13.638 pessoas; 464 delas foram atingidas na habitação, com
264 desalojadas e 200 desabrigadas. Todas elas estão em abrigos criados pelos
municípios.
Plano de contingência - A Defesa
Civil do Pará continua em plena execução do Plano de Contingência para
desastres hidrometeorológicos 2018-2019.
Segundo a Defesa Civil, as chuvas
nas regiões Sul e Sudeste já chegaram 80% do previsto para todo o mês de
fevereiro. As equipes de socorro estão monitorando os rios Itacaiúnas,
Tocantins, Araguaia e Parauapebas. No último trimestre, compreendido entre
outubro a dezembro de 2017, foram registrados 470 mm de índice pluviométrico,
20 pontos a mais que a média histórica entre 1981 e 2010, que foi de 450 mm.
A coordenação estadual da Defesa
Civil – Corpo de Bombeiros Militar estruturou três das chamadas salas de
situação, que são áreas de comando, controle e de acompanhamento de possíveis
ocorrências de enxurradas, inundações, tempestades e alagamentos.
As salas estão localizadas em
Belém, no comando geral do CBM, e nos Centros de Governo de Marabá e de
Santarém. O monitoramento acontece durante as 24 horas do dia. “A Coordenadoria
Estadual de Defesa Civil já estava atenta antes mesmo dessa situação. Nós já
fizemos várias intervenções preventivas junto aos municípios, nas comissões
municipais de defesa civil, nos preparando para esse momento. E agora, entramos
em um momento de resposta, e a sala de
situação foi um desses esforços”, disse o coronel Augusto Lima, subcomandante
geral do Corpo de Bombeiros.
Nas regiões Sul e Sudeste, a
Defesa Civil está atuando com os efetivos do Corpo de Bombeiros dos quarteis de
Marabá, Redenção, Parauapebas e Canaã dos Carajás. Em cada unidade do CBM, 12
bombeiros, por plantão, integram a equipe de socorro. As unidades do CBM em
Santarém e Itaituba estão com equipes de plantão para agir em possíveis
desastres registrados na região.
Na capital, na sala de situação
do comando geral, seis técnicos orientam tecnicamente as prefeituras, com o
apoio de representantes da Polícia Militar, Secretaria de Estado de Transportes
(Setran), Secretaria de Meio Anbiente e Sustentabilidade (Semas), Secretaria de
Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), Secretaria
de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedop) e Secretaria
Extraordinária de Municípios Sustentáveis (Semsu).
“É importante que os gestores
municipais informem ao Sistema Nacional de Defesa Civil, as possíveis situações
de emergência para que as ações dos governos estadual e federal sejam
realizadas”, reforça o coronel Francisco Cantuária, coordenador estadual da
Defesa Civil.