SEMAS ALERTA PARA INCIDÊNCIA DE RAIOS NO PARÁ




Mais de 83 mil raios caíram em terras paraenses no mês de janeiro. A informação é da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), com base nos dados da rede de detecção de raios da Universidade de São Paulo (USP). A Semas também divulgou o seguinte dado: em números absolutos, o Pará é um dos três estados da Região Norte onde há maior incidência de raios, ao lado de Tocantins e Amazonas. A pesquisa englobou os anos de 2015, 2016 e 2017. No ano passado, a densidade de raios no estado foi de 1,3 raio por Km². Em 2016, o número foi de 1,17 raio/km². Em 2015, 1,76 raio/km².

O perigo com a incidência de raios não pode ser ignorado. No ano passado, pelo menos, 19 pessoas foram internadas atingidas pelo fenômeno natural, no Pará, segundo dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus). Em 2016, esse número foi ainda mais alarmante, com um total de 28 vítimas.

O meteorologista da Semas, Saulo Carvalho, aponta que em terras paraenses, Igarapé-Miri, Belém e Barcarena são os locais que mais registram a ocorrência de raios. Ainda de acordo com o profissional, ainda não há consenso para explicar sobre a incidência quantitativa desse tipo de fenômeno. “O que se pode apontar é que as regiões com existência de estruturas metálicas e regiões elevadas (morros e montes) são alvos preferenciais dos raios, assim como a própria época chuvosa que favorece a formação das descargas elétricas”, explicou.


Inverno
O ‘inverno amazônico’ já está presente na rotina dos paraenses e a instabilidade atmosférica intensa, principalmente na porção norte do estado, favorece a ocorrência de chuvas de fraca a moderada com episódios de raios e trovoadas, que aumentam a frequência nesta época do ano. Estas características do tempo no Pará divulgada pela Semas.

Com o objetivo de alertar a população para se proteger e evitar acidentes causados por raios nesta época, a Semas lançou a campanha ‘Pará raios’. Por meio de peças divulgadas no site e redes sociais, a instituição apontará cuidados primordiais de proteção à vida, entre eles, buscar abrigo em casas ou prédios de alvenaria e ficar longe de portas e janelas com grade – condutores de eletricidade; no trânsito, permanecer dentro do automóvel. Em casos de espaços abertos (praias, pastos, plantações, campos de futebol etc) é recomendável procurar abrigo sempre que o tempo ficar encoberto e não somente quando a chuva cair.

Previsão – A Diretoria de Meteorologia e Hidrologia (Dimeh), da Semas, com base nos dados climatológicos apurados em janeiro, indica que a porção norte do Pará apresenta sinais claros do período chuvoso, onde a precipitação atinge, historicamente, valores em torno de 350 mm. Na Região Metropolitana de Belém (RMB) é esperado um regime pluviométrico um pouco acima da normalidade, podendo alcançar valores aproximados de 400 mm.


Saulo Carvalho, explica tecnicamente que “a incidência de radiação, combinada com a presença elevada de umidade na troposfera, proporciona à atmosfera uma energia convectiva, que é convertida em eventos de pancadas de chuvas, descargas elétricas e rajadas de vento. Nesta época do ano são comuns as chuvas acompanhadas de raios e trovões”.    

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