A
iniciativa é voltada aos agricultores familiares de Tomé-Açu beneficiários do
Prosaf, projeto coordenado pela Diretoria de Desenvolvimento da Cadeia
Florestal (DDF), do Ideflor-bio. O projeto atende, no município, 22
agricultores familiares, os quais tiveram suas terras preparadas mecanicamente
para a implantação dos SAFs e receberam insumos, como sementes e calcário.
A
capacitação têm carga horária de 32 horas, com aulas teóricas e práticas. Um
dos resultados previstos é a implantação de um hectare de sistemas
agroflorestais na propriedade de cada agricultor participante.
Segundo
a bióloga Hanoica Caceres, do Ideflor-bio, “as oficinas visam à diversificação
da produção desses agricultores familiares e também à recuperação de áreas de
florestas alteradas ou degradadas. Com isso, é possível não só incrementar a
produção e a renda deles, mas também reduzir o passivo ambiental”.
Integração
- Os Sistemas Agroflorestais funcionam como consórcios e integram culturas
agrícolas com espécies de árvores, a fim de recuperar áreas alteradas e
degradadas. A implementação desses sistemas permite ao agricultor familiar
combinar o cultivo de vegetais, como a mandioca, com espécies frutíferas e
essências florestais. A recuperação de áreas degradadas se dá pelo plantio de
uma “pequena floresta” na propriedade, possibilitando o consumo dos recursos
naturais e a gradativa restauração das funções ecológicas do espaço.
Agricultores
familiares dos municípios de Bujaru e Concórdia do Pará, próximos a Tomé-Açu,
também receberam essa capacitação entre os dias 12 e 16 de março. Todos são
beneficiários do Prosaf, cujo objetivo é estabelecer ações de recuperação de
áreas alteradas pela ação antrópica (feita pelo homem) nas propriedades rurais
familiares. “O que buscamos é subsidiar o desenvolvimento socioeconômico de
comunidades com diferentes níveis de necessidade de recuperação ambiental no
Estado do Pará”, acrescenta Hanoica Caceres.