Ideflor-bio vai capacitar agricultores familiares de Tomé-Açu

O município de Tomé-Açu, no nordeste paraense, sediará entre os dias 26 e 29 de março uma capacitação, realizada pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio). O curso abordará a “Implantação de Sistemas Agroflorestais Comerciais (SAFs)” em áreas de agricultura familiar, promovendo o intercâmbio para a demonstração de experiências exitosas na implantação de SAFs no território paraense.

A iniciativa é voltada aos agricultores familiares de Tomé-Açu beneficiários do Prosaf, projeto coordenado pela Diretoria de Desenvolvimento da Cadeia Florestal (DDF), do Ideflor-bio. O projeto atende, no município, 22 agricultores familiares, os quais tiveram suas terras preparadas mecanicamente para a implantação dos SAFs e receberam insumos, como sementes e calcário.

A capacitação têm carga horária de 32 horas, com aulas teóricas e práticas. Um dos resultados previstos é a implantação de um hectare de sistemas agroflorestais na propriedade de cada agricultor participante.

Segundo a bióloga Hanoica Caceres, do Ideflor-bio, “as oficinas visam à diversificação da produção desses agricultores familiares e também à recuperação de áreas de florestas alteradas ou degradadas. Com isso, é possível não só incrementar a produção e a renda deles, mas também reduzir o passivo ambiental”.

Integração - Os Sistemas Agroflorestais funcionam como consórcios e integram culturas agrícolas com espécies de árvores, a fim de recuperar áreas alteradas e degradadas. A implementação desses sistemas permite ao agricultor familiar combinar o cultivo de vegetais, como a mandioca, com espécies frutíferas e essências florestais. A recuperação de áreas degradadas se dá pelo plantio de uma “pequena floresta” na propriedade, possibilitando o consumo dos recursos naturais e a gradativa restauração das funções ecológicas do espaço.

Agricultores familiares dos municípios de Bujaru e Concórdia do Pará, próximos a Tomé-Açu, também receberam essa capacitação entre os dias 12 e 16 de março. Todos são beneficiários do Prosaf, cujo objetivo é estabelecer ações de recuperação de áreas alteradas pela ação antrópica (feita pelo homem) nas propriedades rurais familiares. “O que buscamos é subsidiar o desenvolvimento socioeconômico de comunidades com diferentes níveis de necessidade de recuperação ambiental no Estado do Pará”, acrescenta Hanoica Caceres.


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