O Pará registrou uma redução de
91,05% nos casos de dengue, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo
o Informe Epidemiológico de 2018 sobre os casos registrados de dengue, zika e
febre chikungunya, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, divulgado
pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), nesta sexta-feira (20). Até
o dia 31 de março foram contabilizados 318 casos de dengue, 769 de febre
chikungunya e um caso de zika. No mesmo período de 2017 foram registrados 3.554
casos de dengue.
As maiores ocorrências de dengue
estão nos municípios de Parauapebas (59), Mãe do Rio (32), Marapanim (22), Pau
d’arco (19), Conceição do Araguaia (16). Os municípios com maior número de
casos de chikungunya são Belém (310), Marituba (309), Ananindeua (54),
Paragominas (27) e Benevides (20). O município com o caso confirmado de zika é
Paragominas.
No período de abrangência do
Informe Epidemiológico não houve registro de mortes no Estado em função dessas
doenças. A Sespa continua pedindo às secretarias municipais de Saúde que
informem, no período de 24 horas, a ocorrência de casos graves e mortes que
podem ter sido causadas pelas doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
Para confirmar a causa da morte é
necessária a investigação epidemiológica, com aplicação do Protocolo de
Investigação de Óbito do Ministério da Saúde, que prevê exames específicos em
laboratórios credenciados, como o Laboratório Central (Lacen) e o Instituto
Evandro Chagas (IEC), preconizados pelo Programa Nacional de Controle da
Dengue. O procedimento garante o correto encerramento de casos graves e óbitos
no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Monitoramento – As ações de
combate à dengue competem aos municípios, que devem cumprir metas. Entre os
procedimentos essenciais estão vistorias domiciliares por agentes de controle
de endemias. Paralelamente, a Sespa faz o monitoramento nos 144 municípios, que
receberam o incentivo do Ministério da Saúde para vigilância, prevenção e
controle da dengue, e orienta as prefeituras sobre o uso correto de inseticidas
(larvicidas e adulticidas).
A Secretaria de Saúde Pública
também promove visitas técnicas aos municípios para assessoramento das ações do
programa de combate à dengue, além de apoiar a capacitação para o atendimento
de casos de febre chikungunya e zika.
Quando há necessidade, a Sespa
faz o controle vetorial, como bloqueio de transmissão viral nas localidades, e
articula ações com órgãos municipais de saneamento e limpeza urbana, tendo em
vista a melhoria da coleta e destinação adequada de resíduos sólidos. Também
são realizadas ações educativas e de mobilização, para incentivar a participação
da população no controle da dengue.
Sintomas - Os vírus da dengue,
chikungunya e zika são transmitidos pelo mesmo vetor, o Aedes aegypti, e
provocam sintomas parecidos, como febre e dores musculares. Mas as doenças têm
gravidades diferentes. A dengue é a mais perigosa, devido aos quatro sorotipos
diferentes do vírus, causando febre repentina, dores musculares, falta de ar e
indisposição. A forma mais grave da doença é caracterizada por hemorragias e
pode levar à morte.
A chikungunya caracteriza-se principalmente
pelas intensas dores nas articulações. Os sintomas duram entre 10 e 15 dias,
mas as dores podem permanecer por meses, e até anos. Complicações sérias e
morte são muito raras. Já a zika apresenta sintomas que se manifestam, no
máximo, por sete dias.
A população também deve continuar
combatendo possíveis criadouros do mosquito. Se houver dificuldade, as pessoas
devem acionar os programas municipais de controle da dengue mantidos pelas
prefeituras. As equipes de profissionais capacitados visitam as casas para
inspecionar possíveis criadouros do mosquito, com o objetivo de eliminar os
focos e orientar os moradores sobre prevenção e controle do Aedes aegypti.