Prefeitura de Belém reajusta salários e adianta 13° dos servidores




A Prefeitura Municipal de Belém, por meio da Secretaria de Administração (Semad) fez, nesta sexta-feira, 20, o depósito de 30% sobre o valor do décimo terceiro salário dos servidores do município. Além disso, mesmo diante da crise que ainda afeta o país, a PMB anunciou o reajuste de 3% nos salários dos servidores ativos e inativos do município, que já será pago na folha do mês de maio.

O percentual de reajuste foi definido pela reposição da inflação no período de abril de 2017 a março de 2018, que foi de 2,94%. A legislação eleitoral também veda, em ano de eleições, como é o caso de 2018, reajuste acima do patamar registrado pela inflação. A legislação está sendo seguida à risca pelos governos municipal e estadual.

Folha - De acordo com a titular da Semad, Evanilde Franco, o reajuste de 3% aos servidores tem impacto de R$ 2,2 milhões de reais na folha de pagamento do município e já será repassado nos salários de maio, que é a data base geral de servidores. “Com o levantamento feito junto à Secretaria Municipal de Finanças (Sefin), fizemos uma análise cuidadosa da nossa capacidade no comprometimento de gastos. Aumentar mais o valor desse reajuste comprometeria o percentual que temos para gastos com pessoal. O caminho para se chegar ao percentual foi com base no IPCA e as perdas do período. Ajustamos as perdas de 2,94 %, e arredondamos o valor para 3%, seguindo também o que foi feito pelo Estado”, explicou Eva Franco.

“Temos priorizado o pagamento do funcionalismo municipal em dia e não realizamos parcelamento de salários, como ocorreu em outros lugares", complementou a secretária.

Rigor - A antecipação de 30% do décimo terceiro salário e o reajuste de 3% aos servidores é resultado de um esforço administrativo que devolveu à Belém as condições de manter as contas em dia. Outro fator importante foi que, em dezembro do ano passado, a Prefeitura de Belém regularizou sua situação junto ao Serviço Auxiliar de Informações para Transferências Voluntárias (CAUC), que é uma espécie de Serasa dos municípios, e que controla quem tem possibilidade de ter acesso a recursos federais.

Havia pendências de gestões municipais anteriores que impediam a contratação de operações de crédito e bloqueavam empréstimos. Essas demandas foram resolvidas por um comitê local que envolveu várias secretarias municipais de Belém. O prefeito Zenaldo Coutinho também esteve em Brasília, no ano passado, para negociar a prorrogação dos prazos de empréstimos com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O equilíbrio fiscal dos últimos anos foi fundamental para devolver a confiança à gestão do município de Belém.

Essa liberação de empréstimos foi aprovada pela Secretaria do Tesouro Nacional, que atribuiu ao município de Belém o conceito “Rate A”. Sendo assim, Belém passou a ter melhor graduação de risco, colocando-a em vantagem, frente a outras capitais brasileiras. Em meio à crise que atinge o País, uma das grandes dificuldades dos municípios é obter condições fiscais que permitam operações de crédito, mas isso não corre com capital paraense.