Um projeto-piloto em piscicultura,
que diversifica a produção familiar e vai além de um sistema fechado de criação
intensiva de peixes, reutilizando água pós-tratamento mecânico e biológico, vem
sendo desenvolvido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará
(Emater), por meio de seu escritório local em Marapanim, no nordeste paraense.
Segundo o engenheiro agrônomo
Wilson Castro Rodrigues, chefe do escritório no município, o projeto também
“contribui com o ecossistema, reduz a emissão de poluentes ambientais e a necessidade
de uso de água e energia em grande quantidade, além de integrar lavoura e
pecuária por ocupação de poucos espaços, permitindo renda extra aos pequenos
agricultores”.
Sobre o sistema adotado na
iniciativa, Wilson Rodrigues explicou que “a água vinda dos tanques atravessa
filtros mecânicos para a remoção de matérias sólidas (resíduo de ração e
fezes), e depois passa para o filtro biológico, sofrendo mineralização de compostos
orgânicos e desnitrificação através da atividade de bactérias, que vivem livres
na água”.
O sistema, disse ainda o
engenheiro, oxigena os tanques por meio de uma bomba de ar controlada, e a
mesma água é reaproveitada na irrigação de hortaliças.