Banco da Amazônia lança novo edital de pesquisa 2018


O Banco da Amazônia torna público a partir desta segunda-feira, dia 30, o seu novo Edital Público de Pesquisa 2018 e disponibiliza R$ 1 milhão para estimular a expansão da pesquisa cientifica e tecnológica na região Amazônica. Traz como novidade neste ano o incentivo à pesquisa de instituições públicas e privadas na área de big data e análise de dados, bioprodução e bioeconomia, nanotecnologia e produtos inteligentes, dentro da linha temática Indústria Avançada. As outras linhas incentivadas são: Agricultura e agronegócio; Restauração de ecossistemas ou vinculadas ao Programa Brasileiro de Agricultura de Baixo Carbono; e Desenvolvimento de cidades sustentáveis.

As propostas apresentadas devem estar voltadas à inovação, à busca pela superação da escassez de informações científicas e, também, atender aos interesses de negócios do Banco e do desenvolvimento regional. De acordo com o presidente do Banco da Amazônia, Valdecir Tose, com esta iniciativa pretende-se ampliar o conhecimento sobre a Amazônia e sobre o uso sustentável da biodiversidade da região. “Também queremos contribuir para o desenvolvimento de novas alternativas tecnológicas e econômicas, que agreguem valor aos produtos regionais, e estimular a implementação de agroindústrias e agrupamentos produtivos em setores-chave do mercado”.

Essa é a segunda vez que o Banco lança edital de pesquisa. O último foi publicado em 2015 e contemplou 18 projetos dos nove Estados que compõem a Amazônia Legal. Nesse ano, foram apresentadas 218 propostas, sendo 5% do estado do Acre, Amazonas (11%), Amapá (5%), Maranhão (3%), Mato Grosso (14%), Pará (38%), Rondônia (11%), Roraima (3%) e Tocantins (10%). O grupo de pesquisa que mais se destacou foi o de Recursos Naturais e Meio Ambiente com 32% do pleito, seguido do de Agricultura com 26%.

De 1999 até o ano de 2017, o Banco da Amazônia financiou 389 projetos de pesquisa, com recursos na ordem de R$ 28,6 milhões. O apoio do Banco para o desenvolvimento da ciência na região se intensificou a partir do final da década de 90 quando a Instituição passou a financiar projetos por meio dos recursos vindos de 1,5% das liberações feitas pelo então Fundo de Investimento da Amazônia (FINAM). Em 2004, o Banco começou a aportar recursos próprios na área, culminando com o lançamento, em 2015, do Edital de Seleção Pública de Pesquisa Científica e Tecnológica, que agora ganha sua segunda versão. No total, a Instituição contabiliza 389 projetos apoiados, envolvendo parcerias com mais de 40 instituições da Amazônia Legal.

Um destes projetos é de autoria do pesquisador doutor Rafael Salomão, do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), em Belém do Pará. Responsável por um dos 18 projetos contemplados no Edital de Pesquisa 2015 do Banco da Amazônia, o pesquisador foi selecionado com o projeto “Desenvolvimento e Disponibilização de Livre Acesso de Software para Restauração de Áreas Degradadas de Reserva Legal (ARL) e de Preservação Permanente (APP) na Amazônia”, concluído em novembro do ano passado.

Realizado em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), o projeto de Rafael Salomão permitiu a criação de um software que torna possível selecionar as espécies arbóreas mais adequadas para a restauração de áreas degradadas na região. “Na COP-21, Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, o Brasil se comprometeu a restaurar 12,5 milhões de hectares, sendo 4 milhões somente no bioma Amazônia, compromisso este reafirmado na COP-23. Com nosso trabalho é possível selecionar as espécies madeireiras e não-madeireiras mais adequadas a esse processo de restauração. E a contribuição do Banco da Amazônia foi muito oportuna para a realização deste projeto e o desenvolvimento do software”, enfatiza Rafael Salomão.

O apoio do Banco da Amazônia à pesquisa é feito através de seleção de projetos na forma de Edital, publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira e já disponível no site institucional do Banco. A iniciativa pretende dar maior transparência e visibilidade do processo à sociedade. O edital pretende selecionar projetos para apoio financeiro, obedecendo ao seguinte cronograma: de 30 de abril a 31 de maio de 2018 ocorre o período de divulgação e inscrição das propostas, de 1º de junho a 5 de julho ocorrem as análises das propostas inscritas, e até 16 de julho haverá divulgação das propostas selecionadas. A recepção de proposta para o Edital 2018 será individual, compreendendo um único projeto de pesquisa apresentado por um pesquisador ou por um grupo de pesquisadores vinculados a instituições públicas ou privadas de ensino superior e/ou pesquisa. Confira os detalhes no site institucional do Banco é www.bancoamazonia.com.br.