Para entender e debater questões
relacionadas ao desenvolvimento do setor agropecuário no estado do Pará, o
Sistema Faepa/Senar realiza, nesta terça-feira e quarta-feira, a quadragésima nona
edição do Encontro Ruralista!
Este ano, o tema central do
Encontro é A Decisão é Nossa e na programação estão palestras de grandes nomes
da economia e da política para discutir o cenário atual e o futuro do
agronegócio no Pará, através de uma agenda a ser entregue aos candidatos das
eleições 2018.
Os debates serão conduzidos por
renomados palestrantes que vão abordar temas atuais relacionados ao setor nos
dois dias do evento. Entre os temas estão Criminalidade no Campo, Logística,
Defesa Sanitária, Estatização de Terras, Agronegócio Paraense, Candidatos à
Eleição 2018, Cenários para o Agronegócio, Incentivos Fiscais, Insumos
Agropecuários, Soluções Tecnológicas, Comercialização, Fundo Amazônia, Crédito
Rural e muito mais.
O 49º Encontro Ruralista contará
com a presença do diretor do Senar, Daniel Carrara; do secretário-executivo do
Instituto CNA, André Sanches; do Coordenador de ATEG do Senar, Matheus
Ferreira; do Procurador do Estado do Pará, professor e advogado empresarial,
Fábio Moreira; do Procurador do Estado do Rio Grande do Sul, Rodinei Candeia;
do superintendente do SENAR-PR, Geraldo Melo Filho; do diretor presidente e do
sócio do grupo Campo, Emiliano Botelho e Igor Correa, respectivamente; do
diretor geral da Adepará, Luiz Pinto, do superintendente da Sudam, Paluo
Roberto.
Também estarão presentes
representantes das instituições parceiras do Agro: Mapa-SFA/PA, Sedap, Adepará,
Emater, Ceasa, Sudam, Embrapa Amazônia Oriental, Conselho Regional de Medicina
Veterinária, Inmet, Universidades e bancos.
O Encontro se destina aos
delegados representantes de 132 Sindicatos de Produtores Rurais do estado do
Pará, coordenadores de Núcleos Regionais, assessores técnicos sindicais,
diretores, técnicos, autoridades e convidados.
Sobre o agronegócio no Pará
O agronegócio contribui em média
21% para a composição do PIB dos municípios, representando a base econômica de
grande parte deles e fonte de ocupação para parcela substantiva da população.
Com efeito, informações produzidas pela CNA, com base em dados da PNAD/FBIGE,
de 2015, apontam que 42,68% dos trabalhadores do Pará, ou seja, 1.500.292 pessoas
têm ocupação no agronegócio.
O Pará é hoje destaque na
produção açaí, abacaxi, cacau, cupuaçu, mandioca, dendê, pimenta do reino,
ocupando o 1º lugar no ranking nacional; de coco, que representa a 3ª maior do
país; de limão (4ª posição nacional) maracujá e banana (5ª lugar), sem falar na
produção crescente de soja, cuja produção já ultrapassa 1,5 milhão de toneladas
e de milho, com produção superior a 1 milhão de toneladas, que vem ocupando
áreas de antigas pastagens e de campos naturais.
Com relação à pecuária, tem o 5º
maior rebanho bovino e o 1º de bubalino do país, sendo a cadeia produtiva da
pecuária a que se apresenta mais estruturada, compreendendo 33 frigoríficos e
53 laticínios instalados.
As exportações do Pará tiveram,
em 2017, um aumento de 37,80% em relação ao ano anterior. Foram exportados US$
14,4 bilhões, contra US$ 10,5 bilhões em 2016. Já as importações diminuíram
12,41%, passando de US$ 1,1 bilhão nesse mesmo ano, para US$ 965,9 no ano
passado. Com isso, o superavit da balança comercial paraense em 2017 foi de US$
13,5 bilhões. Os dados são do Ministério do Comércio Exterior.
Este desempenho coloca o Pará
como o segundo maior saldo positivo da balança comercial em todo o Brasil, em
2017, atrás apenas de Minas Gerais (saldo de $ 18 bilhões), à frente de Mato
Grosso, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. No ano passado, o Pará contribuiu
com 6,65% do total das exportações brasileiras.
O agronegócio paraense também
gerou empregos. Somente entre janeiro e setembro deste ano, o Estado teve um
saldo positivo de 1.651 postos de trabalho, um crescimento de 3,16% no
crescimento do mercado em relação ao mesmo período de 2016. Foram 20.648
contratações contra 18.997 demissões, gerando o saldo positivo.
Os dados são do Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese Pará) com base
no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo
Ministério do Trabalho. É, de longe, o melhor panorama da Região Norte. O
Amazonas, em segundo, teve 235 novas vagas e do Acre, 146 postos gerados.
Só no mês de setembro, o Pará
teve um acréscimo no número de vagas de 1,32%, o que representa 698 novos
postos de trabalhos no Estado. No período foram 2.860 contratações e 2.162
demissões. Para se ter uma ideia do que representam os números divulgados
agora, em setembro de 2016 o saldo positivo foi de 148 empregos com 2.371
contratações e 2.223 demissões.
E é neste cenário que as eleições
acontecem e trazem, com elas, grande expectativa para o produtor. Para Carlos
Xavier, presidente do Sistema Faepa, os produtores rurais estão fazendo o dever
de casa, mas, anseiam pela parceria entre os setores públicos e privados para
alçar melhores resultados.
“A formulação e implementação de
políticas públicas, adequadas e consistentes, requerem a construção de
parcerias entre os setores públicos e privado, buscando-se a convergência e
sintonia de esforços e responsabilidades em prol de interesses comuns, para
otimizar investimentos e potencializar resultados. Precisamos garantir e manter
a competitividade do setor para prosseguir seu ciclo de crescimento com
sustentabilidade, além de se constituir numa fonte estável de riqueza, emprego
e renda, sobretudo, supridora de alimentos para uma população, que se torna
cada dia mais urbana”, finaliza.
Serviço
49º Encontro ruralista
Onde: Palácio da Agricultura,
Travessa Dr. Moraes, 21, 1º andar – Nazaré – Belém Pará