Criada há cerca de quatro anos na Cidade
Velha, a base comunitária da Polícia Militar (PM) já apresenta uma expressiva
redução no número de crimes registrados na área e no entorno – Reduto e
Campina, estimada em 30% pelo coronel Carlos Emílio, diretor de Polícia
Comunitária da PM. O trabalho dos militares destes postos é voltado para a
aproximação entre comunidade e a polícia, e dá a oportunidade da população
contribuir com a solução dos problemas identificados.
A diferença já é percebida por alguns
moradores, como Ana Brahuma, que mora no bairro desde que nasceu. Ela conta
que, em determinado momento, as pessoas tinham medo de sair às ruas, mas essa
realidade vem mudando. “Hoje tu vês as pessoas na rua. Sete da noite tem mãe
com criança de patinete, cachorro, todos saindo para ir à praça. Essa sensação
se reflete até na rua Carlos de Carvalho, próximo ao bairro do Jurunas (área
conhecida por ser violenta até então)”, comenta.
O modelo de polícia comunitária, para a
moradora é literalmente a polícia próxima das pessoas que vivem naquele lugar.
“Acho perfeito porque a partir do momento em que começamos a trabalhar, há
quatro anos, viemos que as respostas são imediatas. Agora tudo que a gente quer
resolver com eles, já liga”, diz sobre o canal direto com os policiais.
Assim como a empresária, o servidor
público Ivan Costa acredita que este modelo de atuação ajuda a desmistificar a
ideia de que os maiores problemas de segurança estão relacionados à polícia. “A
PM é muito cobrada no cenário atual de violência e aqui ficou bem claro, de
forma pedagógica, que os maiores problemas não estão relacionados à PM”,
analisa.