Procon continua fiscalização nos postos de combustíveis para evitar abusos nos preços

A Diretoria de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos ( Sejudh) está nas ruas desde a última  quinta-feira (24) averiguando a comercialização nos postos de combustíveis da Região Metropolitana de Belém.

A operação, que é nacional, foi pensada por causa da paralisação dos caminhoneiros, que chega ao quinto dia e afeta o fornecimento e a venda de gasolina no território brasileiro. Na operação, os fiscais verificam se há algum tipo de irregularidade que possa prejudicar o consumidor, como a abusividade nos preços.

Devido à paralisação dos caminhoneiros, os núcleos de defesa do consumidor de todo o Brasil estão se mobilizando para saber se os postos estão trabalhando conforme a legislação, já que há a suspeita de que alguns estão retendo combustível para aumentar o valor. O artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor informa que no momento de escassez, como esse pelo qual o país atravessa, na oferta da gasolina, é proibida a elevação dos produtos, sem uma justa causa.

Controle

A operação já fiscalizou 15 postos no primeiro dia e continua nesta sexta-feira (25), com mais 15 postos fiscalizados até às 15h. São seis agentes de fiscalização do Procon em ação, divididos em duas equipes. “Estão chegando denúncias aleatórias, nos informando que em alguns postos, os preços aumentaram. Mas o que a gente consegue observar é que não houve aumento. O preço continua congelado, comparado com outras cidades. Ele vai de $ 4,20 a $ 4,99. Será considerada abusiva a cobrança no cartão de crédito acima de 5 reais”, disse o coordenador de fiscalização do Procon, Rafael Braga.

Além do preço, o Procon  verifica também se os valores cobrados estão em local visível e se a quantidade de gasolina colocada nos veículos é a mesma que ele está pagando. A fiscalização vai durar até a permanência da manifestação dos caminhoneiros.

Até agora, nenhuma infração foi verificada. Apenas dois autos de constatação, nos quais o Procon constatou que houve um aumento, mas o estabelecimento conseguiu comprovar que a gasolina foi comprada por um valor mais alto. Esse auto de constatação passa pelo setor jurídico, que faz a análise do caso em cerca de uma semana, e se ficar comprovado que houve um aumento sem necessidade repassado ao consumidor, esse estabelecimento será autuado.

“A importância dessa operação é mostrar que neste momento, o consumidor não está desamparado, ele pode contar com um órgão fiscalizador. O  Procon serve para intermediar o consumidor em busca de seus direitos, e informar que o consumidor também é um agente fiscalizador”, destaca Rafael Braga.