Mais de 130 benfeitorias que
foram construídas de maneira irregular sobre o canal do Tucunduba foram
retiradas para dar início às obras da segunda etapa do projeto de saneamento
integrado da bacia do Tucunduba, que vai beneficiar 250 mil moradores dos
bairros de Canudos, Guamá, Terra Firme e Marco. A nova frente de ação
representa 33% do projeto, com extensão de 720 metros, compreendido da Rua dos
Mundurucus até a Passagem 2 de Junho, no bairro da Terra Firme.
Nesse trecho, 572 benfeitorias
irregulares foram identificadas pela área social da Secretaria de Estado de
Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedop), que está executando o
reassentamento das famílias no Programa Habitacional do Governo do Estado, ou
por meio do pagamento de indenizações. À medida que as desocupações são
confirmadas, avançam as frentes de serviço. O investimento nessa etapa do
projeto é de R$ 34 milhões. Para evitar a reocupação das áreas desocupadas, a
Sedop realiza monitoramento em ação conjunta com a Secretaria Municipal de
Saneamento (Sesan).
A empresa responsável pela obra
está com equipe de trabalhadores concentrada também no trecho 01, na execução
de duas pontes na confluência dos bairros do Guamá e Terra Firme - Mundurucus e
Passagem Brasília. As duas estruturas de material pré-moldado estão em fase de
confecção, ambas com 25 e 27 metros e após a instalação vão permitir o acesso
seguro de veículos e pedestres. As duas pontes seguem o modelo da ponte
construída pelo Governo do Estado na Avenida Celso Malcher, no bairro da terra
Firme, feitas em concreto protendido (tecnologia que confere ao concreto maior
resistência à tração), guarda-corpo, ciclofaixas, sinalização horizontal e
vertical.
Nesse trecho, além das pontes,
está sendo construída uma passarela na Passagem Napoleão Laureano, no bairro do
Guamá, de uso exclusivo para travessia de pedestres. A estrutura metálica tem
extensão de 31 metros, está em fase final de pintura, com previsão de
posicionamento até final de maio deste ano. “O canal está retificado até a
Passagem Brasília”, observou o fiscal de obras, engenheiro da Sedop, Gilmar
Mota.
Nessa etapa do projeto - trecho
01, o asfalto será concluído somente após o término da ponte na Passagem
Brasília, por ser o nível da estrutura mais alto, e, ao mesmo tempo, uma
alternativa para evitar acúmulo de lixo.
Na área da segunda etapa foram
cadastradas 572 benfeitorias irregulares, destas, mais de 130 já foram
retiradas após visitas monitoradas pelas áreas sociais da Secretaria de Obras e
da empresa responsável pelo projeto. Às famílias, foram apresentadas duas
alternativas de desocupação consensual do leito do canal: pagamento de
indenizações ou inscrição no aluguel social enquanto aguardam a conclusão da
obra do residencial Liberdade, empreendimento do Programa Habitacional do
Governo do Estado, localizado no bairro do Guamá, próximo ao campus da
Universidade Federal do Pará – UFPA.