Foi confirmada a morte da criança
M.S.F, de 8. anos , que estava internada na Santa Casa, em Belém, com suspeita
de ter contraído o vírus da raiva humana. O falecimento ocorreu na manhã deste
domingo (20). Outros três pacientes permanecem internados no mesmo hospital e
mais três estão recebendo cuidados médicos no município de Breves, na Ilha do
Marajó. Todos permanecem em estado grave. Coletas sorológicas foram realizadas
em todos esses pacientes internados, inclusive nos que vieram a falecer. A
Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) encaminha todas as coletas para o
Instituto Evandro Chagas (IEC) e Instituto Pasteur, em São Paulo, referência no
diagnóstico de raiva.
As equipes da Vigilância
Epidemiológica e Vigilância em Saúde estão desde o dia 4 de maio no município
de Melgaço, na Ilha do Marajó, onde surgiram os casos suspeitos para
investigar, juntamente com a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará
(Adepará) e Ministério da Saúde, cada caso. Todos apresentam quadro semelhante,
com sinais e sintomas como febre, dispneia, cefaleia, dor abdominal e sinais
neurológicos - paralisia flácida ascendente, convulsão, disfagia (dificuldade
de deglutir), desorientação, hidrofobia e hiperacusia (sensibilidade a sons,
principalmente agudos).
Na sexta-feira, 18, a Sespa
reuniu-se com o prefeito José Delcicley Vieira e a secretária de Saúde de
Melgaço, Vera Rodrigues, para discutir ações estratégicas de prevenção e
investigação contra o vírus da raiva humana no município.
Atualmente, são 14 casos
suspeitos de raiva humana, com oito óbitos, sendo um confirmado
laboratorialmente para a doença pelo Instituto Evandro Chagas (IEC). Até o
momento, três pacientes seguem internados na Santa Casa, em Belém e três no
Hospital Regional de Breves, sendo dois adultos e uma criança. A maioria dos
pacientes em estado considerado grave. Coletas sorológicas foram realizadas em
todos os pacientes que foram internados, inclusive os que morreram. Todas foram
encaminhadas para o Instituto Pasteur