Feira Pan-Amazônica do Livro supera expectativa de venda e é encerrada com música




A autêntica guitarrada paraense e a sensualidade dos ritmos latinos marcaram o encerramento da XXII Feira Pan-Amazônica do Livro, neste domingo (10), no Hangar- Convenções e Feiras da Amazônia. Um “grand finale” para o evento que este ano teve a Colômbia como país homenageado. Bruno Benitez, Mestre Solano e o grupo Mundo Mambo empolgaram o público do evento com o show “Salsa com Jambu”.

A programação final confirmou o sucesso de público da Feira do Livro. Em nove dias, o evento recebeu cerca de 400 mil pessoas, que tiveram à disposição 219 estandes, 450 editoras e 750 mil exemplares à venda. Mais de 18.400 pessoas visitaram as atividades técnico-científicas e auditórios; 800 pessoas prestigiaram o “Ponto do Autor”, e 393 escolas de 37 municípios marcaram presença.

Atrações e interação com o público

O escritor paraense homenageado neste ano foi o poeta Age de Carvalho, que recebeu a deferência com surpresa. “Para mim foi um presente enorme, que me deu uma alegria imensa. Foram dez dias de uma programação maravilhosa. Tive duas apresentações na Feira e mais a chance da exposição que foi a melhor que eu já fiz até hoje, qualitativamente falando. Fiz mais duas apresentações na UFPA, mediação de mesa, entrevista para o Sem Censura, foi muito atribulado, mas fiz com muito prazer. Foi muito importante, não só pela dimensão da homenagem, mas por ser o segundo maior evento paraense. Receber essa homenagem, vinda de Belém, da minha tribo, foi muito gratificante”, pontuou Age.

A Feira Pan-Amazônica do Livro ofereceu, ainda, mais de 20 oficinas gratuitas, além de seminários, com foco na literatura da América Latina e da Colômbia. Durante a programação, foi realizado também o I Encontro Pan-Amazônico de Bibliotecas, organizado pela Fundação Cultural do Pará (FCP), e o Seminário da Pan-Amazônia Leitura, Práticas de Leitura e Bibliotecas na Pan-Amazônia, organizado pela Unamaz.

O sucesso da XXII Feira Pan-Amazônica do Livro foi comemorado pelo secretário de Estado de Cultura, Paulo Chaves. “Essa Feira teve tudo para não dar certo, com a greve dos caminhoneiros e a incerteza dos livreiros, que vinham de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Brasília, trazendo toneladas de livros em carretas paradas nas estradas. Apenas três expositores desistiram, com medo, e os que investiram, ganharam. Em uma feira que normalmente se leva oito dias para montar, esta foi montada em um dia e meio, um recorde. Essa Feira não copia nenhuma feira do livro no Brasil. Pelo contrário, ela é referência. Ela é um investimento institucional que entrega nas mãos do povo, dos que se interessam pela literatura, pela leitura, pelo conhecimento, pela arte em geral, uma oportunidade de encontro”.


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