A Polícia Civil divulgou nesta
terça-feira (10) os resultados da Operação Anjos da Guarda, deflagrada durante
o final de semana no Distrito de Mosqueiro, em Belém, para coibir a presença de
menores em horários inadequados em bares e outras casas noturnas, além de
combater a poluição sonora e verificar a licença de funcionamento dos
estabelecimentos. A ação policial começou na última sexta-feira (06), por volta
de 20 h, e foi encerrada na madrugada de segunda-feira (09). Os agentes de
segurança pública participantes da operação se reuniram primeiro na Seccional
de Mosqueiro.
A operação mobilizou policiais civis da
Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data); da Divisão de Polícia Administrativa
(DPA); da Divisão de Atendimento ao Meio Ambiente (Dema); da Polícia Militar -
por meio da Companhia Independente Especial de Polícia Assistencial (Ciepas) e
Comando da PM em Mosqueiro; Corpo de Bombeiros Militar; Guarda Municipal de
Belém; Conselho Tutelar e Secretaria Municipal de Economia (Secon) de Belém.
Segundo a delegada Gérsica Silva, da
Data de Ananindeua (na Região Metropolitana de Belém), responsável pela
operação, os agentes também cumpriram uma decisão do juiz José Torquato Araújo
de Alencar, titular da Vara Distrital de Mosqueiro, que determinou a proibição
de festas ou eventos noturnos, com música ao vivo ou não, após as 18 h nas
barracas de praia.
Os agentes fiscalizaram barracas e bares
na noite de sexta-feira, na orla de Mosqueiro. Em uma delas, o dono foi
intimado a regularizar o local na Polícia Civil. Na área da Praia do Chapéu
Virado outras barracas foram fiscalizadas. Em uma delas foram encontradas pelas
equipes da Data, Dema e Conselho Tutelar criança e adolescentes acompanhadas dos
pais, em horário noturno. Em um local de festas, os bombeiros constataram que
as galerias que serviram de camarotes não poderiam funcionar.
Festas noturnas - As equipes também
estiveram na Praia do Bispo, onde foram fiscalizados bares e barracas. Em dois
bares, os agentes constataram a realização de festas com música ao vivo e
presença de várias pessoas. Foi determinado o fechamento do espaço e a
paralisação do evento, de acordo com a determinação judicial de não realização
de festas com ou sem música ao vivo, após as 18 h.
No dia seguinte, os agentes voltaram a
fiscalizar festas realizadas no distrito para coibir a presença de menores em
horário e local impróprios, além de pessoas armadas ou portando drogas. Também
verificaram poluição sonora e averiguaram alvarás de funcionamento dos bares.
Em um bar, localizado no Bairro do
Carananduba, os agentes encontraram adolescentes no local, acompanhados dos
pais. Os policiais da Data orientaram os pais sobre a proibição de crianças e
adolescentes no bar, e os responsáveis se prontificaram a retirar os filhos do
ambiente.
Já no domingo (8), cinco bares, um local
de festas e duas barracas foram fiscalizados na orla de Mosqueiro. Em uma
delas, na Praia do Farol, foi constatada a presença de adolescentes, e o local
estava com documentação irregular, por isso foi fechado.
Segundo a delegada Gérsica Silva,
ocorria no local uma festa com música ao vivo, violando a decisão judicial. Em
outro bar foi constatado pela equipe da DPA e pelos bombeiros que o local não
estava com a documentação necessária para funcionamento, e acabou fechado. O
mesmo procedimento foi adotado em outro bar, localizado próximo à estrada de
acesso à Praia do Paraíso, que estava com o som alto e sem a vistoria
obrigatória do Corpo de Bombeiros.
As equipes fiscalizaram ainda uma sede
de festas denominada “São Paulo”, localizada na estrada da Baía do Sol, onde os
agentes constataram a precária estrutura física. "Não havia qualquer
responsável pela festa e não havia alvará e nem licença para funcionamento",
disse a policial. Não havia menores de idade, mas as pessoas presentes estavam
sob o efeito de bebida alcoólica e ameaçaram os agentes. Todas passaram por
revistas e a festa foi encerrada. As equipes foram ainda à orla da Baía do Sol,
onde foi fiscalizada uma barraca sem alvará de funcionamento, que também foi
fechada.