Incentivar o cumprimento às
regulamentações da pesca, implantar um
sistema de vigilância comunitária e apoiar a criação de áreas de conservação e
recuperação de estoques pesqueiros onde as espécies possam se reproduzir
livremente, sem a pressão da captura, são os objetivos das Campanhas por
Orgulho que começam a ser lançadas neste final de semana no Pará.
A iniciativa
é da ONG Rare, que vem implementando essas campanhas no país desde 2015, num
esforço coordenado que inclui desde o estímulo ao sentimento de apropriação e
orgulho dos recursos naturais de determinadas áreas e a mediação de conflitos
até ações de monitoramento biológico e proposição de medidas de manejo
adequadas, visando a adoção de práticas sustentáveis e a recuperação da
produção pesqueira.
Batizado com o nome ‘mar’, da
origem tupi, o Pará, que abriga uma das mais extensas áreas contínuas de
manguezais no mundo, concentra a maior quantidade de pescadores artesanais do
país. O Estado ocupa a segunda posição nacional em produção de pescado e é
detentor da maior produção oriunda da pesca artesanal. Esses atributos fizeram
com que o Pará fosse escolhido como destino da segunda temporada das Campanhas
por Orgulho no Brasil. Das 10 áreas que integram a iniciativa, cinco estão
localizadas na costa paraense: as Reservas Extrativistas Marinhas (Resex) Caeté-Taperaçu,
Gurupi-Piriá, Soure, Mãe Grande de Curuçá e São João da Ponta, todas
administradas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio). As outras cinco áreas estão distribuídas no litoral de Pernambuco,
Maranhão e Piauí. ‘Pescar, Conservar, Prosperar’ é o slogan comum ao pacote de
Campanhas por Orgulho que a organização está implementando no país.