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| Sensei Yoshizo Machida - Foto:Divulgação |
O Brasil conquistou o primeiro lugar
geral no Campeonato Panamericano de Karatê que ocorreu em Lima, no Peru, no
último final de semana. A colocação teve um empurrãozinho especial, já que 16
medalhas são de atletas paraenses, comandados pelo sensei Yoshizo Machida, que
este completa 50 anos de sua chegada no Brasil e os valores que trouxe do
Japão: a disciplina, o respeito e o espírito esportivo.
André Sampaio, professor que também
treina a equipe, acredita que o trabalho realizado igualmente com os atletas
locais de todos os níveis e categorias ajudou a conquista do primeiro lugar.
“Tudo é feito com a supervisão do sensei Machida, sem fugir da linha de karatê
dele, que é uma referência”, conta.
O Pará é um berço do karatê e o
resultado expressivo da Academia Machida é reflexo da consolidação da filosofia
da família que tem como maior expoente o campeão mundial de MMA Lyoto Machida.
O Brasil ficou com 143 pontos, sete na frente do Chile, o segundo colocado.
Completaram o TOP 5 a Argentina, os Estados Unidos e México.
A competição panamericana pode se tornar
um passaporte para as Olimpíadas de Tóquio, em 2020. Enzo Silva, que se
consagrou campeão mundial na Itália em 2017, faturou três medalhas de ouro e
uma de prata em Lima. “Meu desempenho tem sido sempre melhor. Não só porque
estou ganhando, mas também porque estou me sentindo mais rápido, forte e maduro
dentro do tatame”, conta o jovem, que é uma das apostas do Pará para o time
olímpico.
A representação feminina é essencial,
especialmente em um esporte tão associado ao universo masculino. A carateca Bruna
Magalhães faturou duas medalhas de ouro e se anima com a possibilidade de ser
uma figura inspiradora para outras meninas. “É lindo ver uma turma de pequenos
e perceber o número de meninas crescendo no grupo. É um incentivo para que o
Brasil seja representado igualmente por homens e mulheres”, afirma.
Completaram a equipe os atletas Edson
Lima, Péricles Nogueira, Nicolas Lobo, Murillo Pires, João Lima, Victor Rocha,
Lívia Vale e Bruno Carreira.
