Hospital alerta a população sobre prevenção e tratamento do Diabetes

Foto: Agência Pará


A população paraense pode contar com um serviço especializado no atendimento ambulatorial e no tratamento do Diabetes. O Hospital Jean Bitar (HJB), em Belém, oferece atenção multiprofissional gratuita contra a doença com o atendimento ambulatorial para controle e dispõe também de estrutura para tratamento em nível de internação e realização de procedimentos motivados por complicações da doença.

De janeiro a outubro, o HJB realizou 23.040 procedimentos ambulatoriais, destes, 5.543 foram de casos reportados à especialidade médica de endocrinologia, no tratamento de Diabetes e obesidade, um dos fatores de risco para o surgimento e complicação da doença. Nos anos de 2016 e 2017 os números ficaram em 5.832, evidenciando assim, um salto considerável na capacidade resolutividade assistencial do Jean Bitar, considerando os números deste ano, 2018.

Sobre os riscos da doença, neste Dia Mundial do Diabetes, a médica especialista em endocrinologia do hospital, Flávia Cunha, orienta a população quanto aos fatores de riscos, como história de diabetes na família e alerta sobre outros fatores como sobrepeso ou obesidade, pressão alta, sedentarismo, alterações de colesterol e triglicerídeos e apnéia (falta de ar) do sono. "Como não podemos modificar os fatores genéticos, temos que atuar nos demais fatores, ou seja, prevenir ganho de peso através de uma alimentação equilibrada, evitando alimentos processados e industrializados, e priorizando alimentos naturais como legumes, verduras e frutas", alerta a endocrinologista.
  
Médica especialista em endocrinologia do hospital, Flávia Cunha
Foto: Agência Pará,
Ela ressalta que essas medidas preventivas devem ter o reforço de outros importantes procedimentos, como realizar controle da pressão arterial e atitudes essências, como praticar atividades físicas regulares, dormir bem e controlar o estresse.
  
Segundo a médica, as complicações geradas com o acúmulo crônico de glicose no organismo, provoca lesão nos tecidos, vasos e nervos e geram as complicações crônicas do diabetes, que são cegueira, amputação e outras complicações vasculares, como úlceras e infecções de pés e pernas, diminuição da função dos rins, podendo levar o paciente à necessidade de diálise. Além disso, segundo a endocrinologista,  pacientes diabéticos estão em maior risco de infarto agudo do miocárdio e acidente vascular encefálico (derrame).

Para atender a população a contento, o hospital possui uma equipe médica especializada em endocrinologia, que possui larga experiência no tratamento da doença, colocando o Jean Bitar como hospital de referência no Estado, no atendimento aos casos encaminhados via marcação nas Unidades de Atenção Básica (Posto de Saúde) ou paciente com entrada e  regulação do estado, que marca a consulta, quando o paciente é de outros municípios paraenses fora de Belém e Região Metropolitana.


#Saibamais

 A Sociedade Brasileira de Diabetes, ressalta que, em algumas pessoas, o sistema imunológico ataca equivocadamente as células beta. Logo, pouca ou nenhuma insulina é liberada para o corpo. Como resultado, a glicose fica no sangue, em vez de ser usada como energia. Esse é o processo que caracteriza o Tipo 1 de diabetes, que concentra entre 5 e 10% do total de pessoas com a doença e aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também. Essa variedade é sempre tratada com insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas, para ajudar a controlar o nível de glicose no sangue.

 Com relação ao Tipo 2, aparece quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz; ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia.

 Cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o Tipo 2. Ele se manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar. Dependendo da gravidade, ele pode ser controlado com atividade física e planejamento alimentar. Em outros casos, exige o uso de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose.

 Entre o diabetes Tipo 1 e Tipo 2, foi identificado ainda o Diabetes Latente Autoimune do Adulto (LADA). Algumas pessoas que são diagnosticadas com o Tipo 2 desenvolvem um processo autoimune e acabam perdendo células beta do pâncreas. E há também o diabetes gestacional, uma condição temporária que acontece durante a gravidez. Ela afeta entre 2 e 4% de todas as gestantes e implica risco aumentado do desenvolvimento posterior de diabetes para a mãe e o bebê.

Serviço: O Hospital Jean Bitar funciona na Rua Cônego Jerônimo Pimentel, Bairro do Umarizal. Mais informações: (91) 3239-3800.