Um compromisso social, a doação de
sangue dura apenas alguns minutos e salva vidas. E para sensibilizar novos e
usuais voluntários, o Hospital Ophir Loyola, em parceria com a Fundação Hemopa,
inicia nesta quinta-feira (9) mais uma campanha com o objetivo de aumentar o
estoque de bolsas de sangue. A ação ocorre das 8h às 16h, em frente ao
hospital, como meta dos hemocentros de todo o país para atender demandas
específicas e emergenciais, já que o número de doações não acompanha o número
de transfusões.
O hospital Ophir Loyola precisa de
doações regulares para assistir a mais de 900 pacientes por mês, muitos deles
em tratamento contra o câncer. Segundo a enfermeira Leonice Carvalho, chefe de
enfermagem da Agência Transfusional do HOL, dependendo do tipo, a doença pode
levar a uma maior necessidade de transfusão.
“Os pacientes em quimioterapia e
radioterapia precisam muito de plaquetas, outros pacientes sofrem com a
diminuição da hemoglobina, daí a importância de estarem recebendo a reposição”,
afirmou Leonice.
A enfermeira informou que durante o mês
de abril, 383 pacientes receberam 889 transfusões e, por ser referência em
oncologia, o Ophir Loyola é um dos hospitais que mais demanda o Hemopa, com
meses que ultrapassam 1.100 bolsas de sangue. “Por isso, a importância das
campanhas de incentivo e da educação continuada que fazemos no hospital, na
tentativa de garantir a disponibilidade de sangue e seus derivados”, disse.
Pacientes - A necessidade de receber
sangue estende-se para os usuários de outras referências da unidade de saúde,
os que serão submetidos a cirurgias de alta complexidade, que passam por
intensa perda sanguínea, ou pacientes renais que desenvolvem anemia. Cerca de 50% da demanda do hospital é
atendida a nível ambulatorial, ou seja, na Unidade de Atendimento Imediato e no
Hospital Dia hematológico. Geralmente, são pacientes que vêm das residências,
precisam de atendimento de urgência ou de transfusão pós-quimioterapia, pois
estão em uma fase mais aguda da doença.
Mavi Santos da Silva, 76, faz tratamento
contra leucemia no hospital desde 2011. A moradora do município de Salvaterra,
localizado na Ilha do Marajó, diz que já perdeu as contas de quantas vezes
precisou receber plaquetas. "Graças a Deus tenho muitas pessoas, colegas
que doam para mim. Nós fazemos grupos de doação lá na congregação da igreja e
eles vêm para Belém doar. Eu preciso, né?
Mas também tem gente que precisa, então venham doar, eu preciso muito da
ajuda de vocês e outras pessoas também!", apela.
Para ser um candidato à doação de sangue
é preciso ter entre 16 e 69 anos (menores devem estar acompanhados do
responsável legal), ter mais de 50 kg, estar bem de saúde e portar documento de
identificação oficial, original e com foto. O homem pode doar a cada dois meses
e a mulher, a cada três. A exemplo de outras campanhas externas, haverá uma
equipe para a triagem dos doadores. A campanha segue até a sexta-feira (11).