Projeto social garante trabalho e renda para mães de Barcarena



            Há 12 anos, quando se mudou de Bragança para Barcarena, a dona Maria Santana Mota teve o seu primeiro contato com o Projeto Japiim – iniciativa de responsabilidade social da Alubar. Ela soube do projeto ao procurar a Associação de Pais e Amigos de Excepcionais (APAE) para atendimento de sua filha Thais. “Quando me convidaram para fazer parte do Japiim, fiquei em dúvida. Eu tenho oito filhos, uma delas é especial e eu não sabia se daria conta. Resolvi fazer parte do projeto e me dei muito bem, porque passei a ter uma atividade no tempo em que eu estaria esperando a minha filha sair da APAE”, conta Maria.

            O Projeto Japiim proporciona a profissionalização e geração de renda para mães de Barcarena por meio do ofício de corte e costura. Graças à iniciativa, as mulheres participantes se tornaram protagonistas na administração financeira dos seus lares. “Hoje, a principal renda da família é a minha. Mesmo com o meu esposo desempregado, conseguimos construir a nossa casa com o dinheiro que ganhei com a peças que produzimos no ateliê do Projeto Japiim. Na minha vida, em primeiro lugar está Deus, depois o Japiim e a minha família. Essas três coisas são tudo pra mim”, declara Maria Santana.

Atualmente, 10 mulheres produzem confecções no ateliê localizado na APAE e mais 22 na Ilha Arapiranga.Elas costuram camisas e calças, inclusive tendo a Alubar como cliente também, mas podem atender os pedidos de outras empresas e demais solicitações. Em 2018, a evolução na renda das participantes do Japiim foi de 26,6%.

Celina Barros Ferreira é moradora da Ilha Arapiranga, mãe de sete filhos e participante do Projeto Japiim há quatro anos. A renda que ela obtém com a venda das roupas e artesanato produzidos ajuda a fazer melhorias na casa, como a compra de novos móveis e eletrodomésticos. “Essa renda faz muita diferença, porque a gente vai juntando dinheiro e consegue ir pagando as contas. Um exemplo foi a máquina de lavar roupa, que me ajuda muito em casa e comprei com o lucro das vendas da costura”, destacou Celina. Ela também relata que, a cada reunião do Projeto Japiim, o aprendizado aumenta. “É costura, é artesanato, tudo a gente faz. A gente vai aprendendo mais a cada reunião e, quando o ateliê do Japiim for inaugurado este ano aqui na ilha, teremos ainda mais estrutura para produzir nossas peças”, diz.

A Coordenadora de Projetos Sociais da Alubar, Márcia Campos, destaca a regularidade e a geração de renda como as principais características do Japiim. “Este projeto possui uma abrangência muito profunda em graus de mudança interna para as participantes, muito por conta da regularidade que ele proporciona, no sentido de ser uma iniciativa que está em atividade desde 2006. Isto é importante principalmente para as mulheres, que muitas vezes enfrentam um cotidiano com muitas responsabilidades e para ela conseguir dar conta de todos esses papéis, é importante que ela viva em um ambiente de estabilidade”, explica.