Hospital Metropolitano recebe visita técnica de representantes do Gaspar Vianna




Representantes da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna foram conhecer o Núcleo Interno de Regulação (NIR) do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), unidade do Governo do Estado do Pará. A agenda foi realizada na tarde de terça-feira, 30. O objetivo foi compreender de perto como a experiência permitiu a redução da superlotação e do tempo de internação, em quatro anos.

O NIR é uma unidade dentro dos hospitais, obrigatória pela Política Nacional de Atenção Hospitalar, do Ministério da Saúde. Ele é criado para monitoramento do paciente desde a chegada à instituição, durante o processo de internação e a movimentação interna e externa, até a alta hospitalar. É também responsável pela interface com as centrais de regulação do estado e dos municípios para a distribuição dos pacientes conforme perfil e grau de complexidade do atendimento.

O HMUE, unidade gerenciada pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, recebe prioritariamente casos graves de traumatismo e queimaduras. Com isso, o trabalho realizado pela equipe do NIR é decisivo para a rotatividade dos leitos e também para oportunizar o atendimento de pessoas em fila de espera em outras unidades de saúde. “Achei muito interessante porque aqui é muito bem estruturado, principalmente se considerarmos o histórico de superlotação do hospital e a alta demanda de traumas”, avaliou a coordenadora do NIR do Gaspar Vianna, Renata Coutinho Alves.

Em funcionamento desde 2015, o Núcleo do HMUE utilizou diversos mecanismos de gestão clínica, como o ‘Kanban’ e o Plano Terapêutico Singular. Em 2019, o HMUE já atendeu quase 8.000 pessoas, com uma estrutura de 198 leitos. Os pacientes são acompanhados diariamente para atingimento das metas de internação determinadas em contrato de gestão com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa).

De acordo com a coordenadora do NIR, Pauline Cruz, foram estabelecidas estratégias para aumentar a eficiência do atendimento. “Fizemos um estudo estatístico baseado nos números do hospital e identificamos o tempo médio de permanência. Também enumeramos as 20 ocorrências mais frequentes na ortopedia. Assim conseguimos tornar os leitos dinâmicos, prestando melhor assistência para dar alta o mais rápido possível e oportunizar o atendimento para quem está lá fora”, explicou.