Camillo Vianna é homenageado com mudança de nome do Parque do Utinga

Crédito: Kleber Junior / Ideflor-Bio

Um dos pioneiros no estado do Pará e na Amazônia no engajamento pela conservação e preservação da biodiversidade e sociobiodiversidade, o professor, médico e ambientalista paraense Camillo Martins Vianna foi homenageado com a Lei nº 8.958, de 19 de dezembro de 2019, homologada pelo governador do Pará, Helder Barbalho, que atribuiu o nome do paraense ao Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna. Localizado no bairro do Curió-Utinga, em Belém, o local é uma das 26 Unidades de Conservação estaduais administradas pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio).

Notavelmente um dos principais pontos turísticos da capital paraense, o Parque abriga uma importante amostra da rica biodiversidade de fauna e flora amazônicas, contemplando uma área de quase 1.400 hectares, equivalente a 1.400 campos de futebol, dentro da zona urbana da cidade. A Unidade de Conservação estadual abriga ainda os lagos Bolonha e Água Preta, responsáveis pelo abastecimento hídrico de 70% da população residente na Região Metropolitana de Belém. Além das belas paisagens, o espaço oferece qualidade de vida, onde o visitante e o turista têm a oportunidade de estar em contato com a natureza e de praticar atividades físicas ao ar livre, como caminhar e pedalar de bicicleta.

Professor, médico e ambientalista paraense Camillo Martins Vianna

"Nossa família recebeu com emoção indescritível a linda homenagem do estado do Pará ao denominar o belíssimo Parque Estadual do Utinga, de Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna, em reconhecimento ao seu incansável trabalho realizado, não somente pela preservação do meio ambiente, mas também pela valorização de nossas raízes culturais e, principalmente, pelo respeito ao seu componente social, o homem amazônico", declarou o engenheiro agrônomo Flávio Vianna, filho de Camillo Vianna.

Histórico - Nascido em Belém em 14 de abril de 1926, Camillo Martins Vianna integrou a primeira turma da Faculdade de Medicina e Cirurgia do estado do Pará, que junto a outras três instituições, originou a Universidade do Estado do Pará (Uepa). Ainda estudante, trabalhou no Museu Paraense Emílio Goeldi catalogando espécies vegetais. Em 1952, foi médico residente no Hospital dos Servidores do Estado no Rio de Janeiro e, ao retornar para Belém, passou a atuar na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará. Entre outras ações ambientais, destacam-se a criação de bosques comunitários e recuperação de áreas alteradas. O ambientalista faleceu na capital paraense, aos 93 anos, em 10 de setembro de 2019.