O Governo do Estado será apoiador
oficial da II Marcha de Belém contra o Trabalho Infantil, iniciativa da Justiça
do Trabalho marcada para o dia 1º de março, às 8h, com saída da Praça Pedro
Teixeira (Escadinha da Estação das Docas) e dispersão no Largo do Redondo, na
Avenida Nazaré, centro da cidade. A parceria foi firmada na tarde desta
segunda-feira (20), em reunião no Palácio dos Despachos, entre a primeira-dama,
Daniela Barbalho, secretários de Estado e representantes da Comissão de Combate
ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem do Tribunal Regional do
Trabalho da 8a Região - Pará e Amapá (TRT8).
Para Daniela, não se pode priorizar o
bem estar da criança e do adolescente sem essa conscientização.
"Se nós estamos preocupados em
reduzir índices de violência e evasão escolar, precisamos fazer com que todas
as secretarias atuem em conjunto e garantir que estejam na escola, e não
trabalhando, seja em uma feira, em um semáforo, lavando carro",
justificou. A primeira-dama reforçou como sendo essencial a compreensão dos
pais nesse processo. "Educação é uma conquista a longo prazo. O trabalho
infantil pode resolver o agora, o almoço, o jantar, mas não resolve a vida,
muito pelo contrário; tira oportunidades que nós queremos que as crianças e os
adolescentes tenham", explicou.
De acordo com o titular da Secretaria de
Estado de Articulação e Cidadania (Seac), Ricardo Balestreri, praticamente
todas as pastas estarão engajadas em uma grande campanha de conscientização que
culminará na marcha. A intenção é promover o entendimento de que não há nada de
enobrecedor ou suave na prática. "É danoso e perverso o trabalho infantil.
No Brasil, não é o menino no escritório do pai ou no consultório da mãe, a
população brasileira de maneira geral é pobre ou miserável. Então é criança
carregando saco, atuando em condições insalubres, de insegurança, é desse
trabalho que estamos falando", destacou. "Precisamos reservar às
crianças o espaço do estudo, do lazer, da dignidade. Se temos muito problema de
fome e de miséria não é pelo trabalho infantil que se resolve isso. É preciso
encarar essa situação com mais seriedade e com mais compaixão por quem está
nessa situação", afirmou.
Integrantes da Comissão de Combate ao
Trabalho Infantil do TRT8, a juíza Vanilza Malcher e a desembargadora Zuíla
Dutra reconheceram o peso de ter o Estado como grande apoiador da programação.
"Todos mobilizarão servidores, comunidades, grupos, e é isso que nós
queremos, todos unidos contra o trabalho infantil", declarou a juíza.
A desembargadora parabenizou o Governo
por ações já realizadas pelo Estado, como o programa Territórios pela Paz
(TerPaz) e a própria atuação da Fundação ParáPaz. "Somar essas forças nos
fortalece. Essa parceria tem um significado profundo de união, de mostrar à
sociedade que todos os órgãos estaduais querem uma vida plena para todas as
suas crianças e adolescentes", concluiu.