A Polícia Civil, por meio da Unidade
Policial de Marabá, deflagrou a primeira fase da operação denominada
"Salutar", com objetivo de reprimir crimes contra a saúde pública, as
relações de consumo, ordem tributária e associação criminosa, com ramificações
em outros estados da federação. Cerca de 17 toneladas de queijo impróprio para
consumo foram apreendidos.
A operação policial consistiu no
cumprimento de mandados judiciais de busca e apreensão em três laticínios
clandestinos, conhecidos por "queijeiras" ou "boquetas", na
zona rural de Marabá, respectivamente às proximidades das vilas Maravilha, Cupu
e Bandeirante.
A ação contou com o apoio de auditores
fiscais federais do Ministério da Agricultura (Mapa), lotados no Serviço de
Inspeção Federal (SIF), responsável por exercer as atribuições de vigilância
sanitária federal.
Os policiais civis e auditores federais
do Mapa depararam-se com cenários deploráveis, nas quais as peças de queijo
eram produzidas e estocadas sem as mínimas condições de higiene, em ambiente
repleto de moscas, fétido, úmido e sem refrigeração.
De acordo com os agentes que
participaram da ação, há indicativos de que grande parte da produção estivesse
sendo comercializada para outros estados da federação e "esquentada",
fraudulentamente, por meio de emissão de notas fiscais frias e através da
colocação inadequada de selos de autorização sanitária, com escopo de enganar a
fiscalização e o consumidor final.
A ação policial-sanitária contou ainda
com a participação de servidores da Secretaria de Postura da Prefeitura de
Marabá e outras autoridades municipais, que apoiaram toda a logística da
operação, sobretudo com os caminhões necessários para transporte de toda a
carga aprendida, além de franquear o Aterro Sanitário Municipal para descarte e
inutilização do material de forma adequada e ambientalmente correta.