No primeiro dia de integração do sistema
do Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran) foram solicitados 80
processos de Placa de Identificação Veicular (PIV - padrão Mercosul). O modelo
foi criado para facilitar a fiscalização de veículos do Brasil, Argentina,
Paraguai e Venezuela, além de solucionar a insuficiência de combinações de
letras e números do padrão cinza, cuja disponibilidade duraria somente até
2025.
A migração do sistema do Detran para o
do Departamento Nacional de Trânsito ocorreu pontualmente às 8 h desta
segunda-feira (3). Desde o último dia 30 de janeiro, profissionais de
tecnologia da informação (TI) do órgão gerenciador do trânsito no Pará
analisaram o menor impacto possível para o cidadão. "Como qualquer mudança
de sistema, principalmente de TI, naturalmente sempre há uma instabilidade
inicial, mas já está tudo normalizado. Entretanto, é possível que haja um
estranhamento da população em termos de processo, porque ainda é uma fase de
transição", esclareceu o diretor-geral do Detran, Marcelo Guedes.
São elegíveis ao novo modelo os veículos
em situação de primeiro emplacamento (novos); alteração de categoria (táxi para
carro particular, por exemplo); mudança de jurisdição (troca de unidade
federativa) e extravio de placa. Nessa fase de transição, até a substituição
total do modelo - que ainda não tem prazo para conclusão -, o Detran está
operando com as duas estruturas de identificação de placa: o modelo cinza e o
do Mercosul.
Segunda mudança - Desde que entrou em
vigor o Código de Trânsito Brasileiro, em 1997, essa é a segunda mudança no
modelo de placa. A primeira vez ocorreu com a substituição do modelo amarelo
para o cinza, e se deveu também à necessidade de combinações alfanuméricas
disponíveis. Desta vez, a segurança também é uma preocupação. "É a ideia
de ampliar o arco de controle para os outros países, tendo em vista que muitos
dos crimes ocorrem via fronteiras terrestres. Essa integração entre os países
do Mercosul será por meio de sistema com compartilhamento de informações",
explicou o diretor do Detran.
Outra vantagem na mudança é a
descentralização de serviços, com o credenciamento de 12 estampadoras. A
empresa de Jorge Auad já estava preparada desde 2018, com as adaptações no
estabelecimento e aquisição de impressoras, matrizes e gabaritos do novo
modelo. "Não tivemos tanta dificuldade por estar com o equipamento
comprado e feito os testes de impressão", disse Jorge Auad. "Nós
colocamos a placa aqui, e o cliente não precisa voltar ao Detran para a fixação
do lacre. O QR Code (Quick Response Code) é um instrumento seguro de
rastreabilidade, para consulta em um banco só. É uma segurança que nós não
tínhamos para saber se o veículo estava regular. Hoje, quando o cliente vier,
todo o processo de segurança já foi iniciado, e nós completamos tudo via
sistema", informou o empresário.

