Com o avanço da
pandemia, o termo Marketing Digital atingiu o pico histórico de buscas no
Google. Na mesma direção, os negócios online pisaram no acelerador ao mesmo
tempo em que precisaram se adaptar às demandas. De acordo com a pesquisa da
HeroSpark, divulgada no início de 2020, o setor digital já buscava protagonismo
na economia, com os serviços que hoje abrem oportunidade para as comunidades se
conectarem enquanto isoladas em casa.
O levantamento, apontava na época que os "Cursos Online" ocupavam 34% dos negócios digitais e 23% era o "e-commerce de produtos físicos". Isso revela que, boa parte dos empreendedores da internet já estavam preparados para suportar altas demandas de serviços. O curso de inglês da Really Experience, por exemplo, recebeu 7 mil inscrições em menos de uma semana, de pessoas em quarentena.
O levantamento, apontava na época que os "Cursos Online" ocupavam 34% dos negócios digitais e 23% era o "e-commerce de produtos físicos". Isso revela que, boa parte dos empreendedores da internet já estavam preparados para suportar altas demandas de serviços. O curso de inglês da Really Experience, por exemplo, recebeu 7 mil inscrições em menos de uma semana, de pessoas em quarentena.
A pesquisa da
HeroSpark, indica que os empreendedores digitais já se mobilizavam para
alavancar os negócios. Mesmo assim, 62% dos entrevistados ainda tinham outra
fonte de renda. "Hoje, com a crise econômica que o coronavírus vem
acarretando, esses empresários, grandes, médio ou micro, somam mais esforços
nos negócios digitais, que passam a ser a principal fonte de renda. Passamos
pela maior transformação digital da história, muitos paradigmas foram
quebrados. Nossa relação com trabalho, estudo e entretenimento já não é mais a
mesma de semanas atrás. O mundo não vai voltar a ser como antes, o digital é o
caminho ", explica Nilson Filatieri, CEO da HeroSpark.
A empresa, que
oferece soluções para empreendedores digitais, liberou ferramentas e um curso
de marketing digital gratuitamente. Além disso, também desenvolveram uma
solução totalmente gratuita para escolas públicas e organizações sem fins
lucrativos. A solução vai viabilizar o ensino a distância e a implementação
acontece em até dois dias.
Aplicativo da
Really Experience, onde alunos podem fazer aulas online de inglês
O setor educacional
precisou mobilizar as salas de aula e transformá-las para o ambiente digital.
Escolas que já atuavam no ambiente on-line se destacam nesse cenário. A Really
Experience, escola dos Estados Unidos, que dá aulas de inglês para brasileiros,
utiliza plataforma online e transmite aulas direto da Flórida, com professores
americanos, para o Brasil. O ensino, que é semipresencial, passou totalmente
para o modelo EAD neste período e, de casa, é possível ter aulas regulares via
celular ou computador. "O reflexo de como isso funciona, é que estamos em
70 municípios brasileiros e todos eles se mantém conectados com a nossa sede
americana e o ensino continua normalmente", ressalta o CEO da Really
Experience, Édney Quaresma. A escola ofereceu gratuitamente um módulo intensivo
do curso na quarentena, e em menos de 48 horas recebeu mais de 7 mil inscritos.
Outra empresa do
setor educacional, a Evolucional, precisou transformar seu principal produto,
que era em papel. A startup da região de Campinas, em São Paulo, oferece
serviços de dados e avaliação para mais de 2.500 escolas em todo o Brasil. Os
simulados do ENEM, que são oferecidos para essas instituições, ganharam a
versão digital pela Evolucional. Alunos dessas escolas parceiras poderão
realizar o simulado de suas casas e continuar treinando e mantendo contato com
o principal exame do Ensino Médio. "A versão online, elaborada para a
quarentena, já é um passo para que as escolas comecem a experimentar novos
formatos de avaliação e estejam preparadas para essa revolução digital no
ensino. O próprio INEP já divulgou uma aplicação oficial do ENEM, no formato
digital, para 500 mil alunos em outubro deste ano", ressalta Vinícius
Freaza, Diretor de Inovação Pedagógica da Evolucional.
Questão do Simulado
Enem Online que a Evolucional passa a aplicar em colégios no Brasil
Além das aulas,
receber produtos em casa também passou a ser a mais segura das alternativas e,
com o comércio de portas fechadas essa foi a solução para muitos negócios
sobreviverem. A LinkApi, startup que oferece uma plataforma completa de
integrações de softwares, lançou uma solução voltada aos pequenos e médios
negócios. Com intenção de conectar os comércios com as pessoas, a empresa está
integrando gratuitamente serviços de delivery ou que necessitem expandir
rapidamente as suas conexões com as plataformas.
Se hoje, recebemos
produtos em casa, são empresas como a LinkApi que fazem isso acontecer,
conectando o negócio com o cliente. O CEO da startup, Thiago Lima, diz que
pensam "principalmente nesses negócios locais com pouca visibilidade e que
podem rapidamente deixar de existir com a crise. Nosso intuito é oferecer uma
entrega rápida e ágil, gerando capital de giro e criando novos canais de
venda". Para isso, oferecem 50% de desconto nas primeiras mensalidades da
plataforma.
A explosão imediata
de uma era digital eleva a importância do Marketing Digital para empresas que
vislumbram um novo cenário para sobreviver na crise. É isso que aponta Dener
Lippert, CEO da V4 Company, assessoria que implementa e otimiza o processo de
vendas pela internet. "Os negócios que possuem canais de venda e conseguem
vender à distância vão sofrer muito menos com impactos desta crise. A
digitalização, mais do que nunca, se tornou questão de vida ou morte",
conclui.