A segunda iniciativa é o
compartilhamento da tecnologia de monitoramento de fornecedores da empresa e da
política de compra responsável com sua cadeia de valor, o que inclui toda a
indústria de alimentos, desde pecuaristas, agricultores a instituições
financeiras e do agronegócio. A terceira iniciativa será o apoio ambiental,
agropecuário e jurídico aos fornecedores.
Os outros três pilares serão alcançados
por meio da atuação do Fundo JBS Pela Amazônia para financiar ações e projetos
para o desenvolvimento sustentável no bioma. A Companhia vai aportar R$ 250
milhões, nos primeiros cinco anos, podendo chegar a R$ 500 milhões até 2030.
“Estamos reafirmando publicamente o
nosso compromisso com a sustentabilidade da Amazônia. Esperamos promover um
avanço em escala não apenas em direção ao combate ao desmatamento, mas também à
promoção da bioeconomia, agricultura sustentável e desenvolvimento social”,
afirma Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS.
Desenvolvimento da cadeia de valor
Atualmente, a Política de Compra
Responsável de Matéria-Prima da JBS já monitora diariamente 100% dos
fornecedores de bovinos da Companhia segundo critérios rígidos de
sustentabilidade, com tolerância zero para o desmatamento, invasão de áreas
protegidas como terras indígenas ou unidades de conservação ambiental, trabalho
análogo à escravidão, ou uso de áreas embargadas pelo Ibama. Essa análise é
feita online e diariamente, e abrange mais de 50 mil fazendas fornecedoras.
“Ao longo da última década fizemos
investimentos significativos para viabilizar o que hoje é um dos maiores
sistemas privados de monitoramento de fornecedores do mundo. Também nos
engajamos em iniciativas setoriais – junto a organizações não governamentais e
Ministério Público Federal – em estados da Amazônia Legal e programas
educativos de melhoramento de manejo da terra junto aos nossos fornecedores”,
afirma Wesley Batista Filho, presidente da JBS América do Sul e da Seara.
A Plataforma Verde JBS é uma iniciativa
inédita que vai cruzar informações dos fornecedores da Companhia com dados de
trânsito de animais. A nova tecnologia permitirá estender aos demais elos da
cadeia produtiva o monitoramento socioambiental que já é feito nos fornecedores
da empresa na Amazônia. A iniciativa usará tecnologia blockchain justamente
para dar confidencialidade e segurança no acesso às informações e transparência
nas análises dos fornecedores. O trabalho será auditado e seus resultados
reportados no relatório anual e de sustentabilidade.
A Companhia fará campanhas de
engajamento com fornecedores e entidades para que até o final de 2025, os
fornecedores de seus fornecedores estejam na Plataforma Verde JBS. “Estamos
muito confiantes na participação de todo o setor. Acreditamos que com o
engajamento de todos conseguiremos provocar mudanças significativas em busca de
uma produção cada vez mais sustentável”, afirma Renato Costa, presidente da
Friboi.
Adicionalmente a Companhia também vai
disponibilizar assessoramento jurídico, ambiental e agropecuário para auxiliar
produtores na melhoria do manejo de suas propriedades. A JBS vai ampliar suas
ações educativas em sustentabilidade para sua cadeia de fornecimento
agropecuário e aumentar os investimentos no desenvolvimento de plataformas
digitais para regularização ambiental, como já faz nos estados de Mato Grosso e
Pará.
Como parte do Programa Juntos Pela
Amazônia, a Companhia também anuncia hoje o compartilhamento de sua tecnologia
de monitoramento de fornecedores com pecuaristas, instituições financeiras e
outras empresas que desejarem adotar critérios socioambientais na relação com
suas cadeias de valor.
O monitoramento feito pela JBS na
Amazônia já permitiu o bloqueio comercial de fornecedores em situação de não
conformidade com as políticas de compra da empresa. Agora, a Companhia anuncia
sua disposição de compartilhar essa tecnologia de monitoramento com
instituições financeiras e outras empresas que quiserem aplicá-lo.
Fundo JBS pela Amazônia
A empresa anuncia também a constituição
do Fundo JBS pela Amazônia, dedicado a financiar iniciativas e projetos para
ampliar a conservação da floresta e o desenvolvimento sustentável das
comunidades que nela vivem, com aporte de R$ 250 milhões nos primeiros cinco
anos.
A JBS convidará seus stakeholders a
contribuírem para o Fundo, e se compromete a igualar sua contribuição às doações
de terceiros na mesma proporção. A meta é levar os recursos do fundo a um total
de R$ 1 bilhão até 2030.
Serão apoiados projetos em três frentes:
conservação e restauração da floresta; desenvolvimento socioeconômico das
comunidades e desenvolvimento científico e tecnológico.
O Fundo será presidido por Joanita
Maestri Karoleski, ex-CEO da Seara, com o apoio de um Conselho de
Administração, um Conselho Fiscal, um Conselho Consultivo e um Comitê Técnico
(veja nomes abaixo). O Comitê Técnico e o Conselho Consultivo auxiliarão na
escolha de projetos que receberão aportes do Fundo, que será auditado pela
KPMG. Todo o processo será reportado e os resultados publicados no site.
“Conter o desmatamento ilegal é um
desafio central para a defesa da Amazônia. Esse problema só será combatido
efetivamente por um olhar voltado à qualidade de vida e à geração de renda para
a população da região, indígenas, ribeirinhos e quilombolas, por exemplo”,
afirma Joanita Maestri Karoleski, presidente do Fundo. “Acreditamos em uma
Amazônia sustentável, pois sabemos que preservação ambiental e desenvolvimento
socioeconômico são indissociáveis”, ressalta a executiva.