Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) que avalia a produção industrial em 15 estados
brasileiros pôs o Pará na liderança do ranking, com crescimento de 9,8% em
agosto - enquanto a média nacional ficou em 3,2%. Trata-se da terceira taxa
positiva consecutiva registrada, o que gera um ganho acumulado de 18,2% no
setor para o período, superando o patamar registrado antes da pandemia de
Covid-19.
Os dados refletem o retorno gradual e
responsável às atividades após as paralisações impostas pela necessidade de
isolamento social para evitar o contágio pelo novo coronavírus. A extração
mineral é a grande responsável pelos dados positivos.
O resultado mostra que o Pará está 5,5%
acima do nível de produção de fevereiro de 2020, junto com Ceará (5%), Goiás
(3,9%), Minas Gerais (2,6%) e Pernambuco (0,7%).
Retorno à produção - O gerente da
pesquisa, Bernardo Almeida, explica que esse resultado está ligado à reabertura
e à flexibilização do isolamento social. "A pesquisa reflete, em grande
medida, a ampliação do movimento de retorno à produção de unidades produtivas,
após paralisações e interrupções por conta da pandemia", avalia.
Com a alta industrial, o Pará foi o
segundo lugar em influência no resultado geral da indústria brasileira,
perdendo apenas para São Paulo. O índice foi influenciado pelo desempenho do
setor de extração mineral, que equivale a aproximadamente 88% da produção
industrial paraense.
Além do setor da extração mineral,
segundo a Pesquisa Industrial Mensal do IBGE, outros setores da indústria
paraense também apresentaram destaque no acumulado do ano: metalurgia (35,9%),
fabricação de papel e celulose (11,9%) e minerais não metálicos (3,1%).