Dia 11 de outubro é o Dia Nacional de
prevenção da obesidade e o Dia Mundial da Obesidade. Data importante para
lembrar a população sobre a importância da prevenção e conscientização desta
doença crônica, que tende a piorar com o passar dos anos.
O número de pessoas obesas têm crescido
rapidamente, de acordo com dados do Ministério da Saúde e da Secretaria de
Saúde do Pará (Sespa), 33,22% da população paraense adulta tem sobrepeso e 17%
entraram em algum grau da obesidade. Entre as crianças, este número chega a 5%
da população infantil do estado. Dentre as causas da obesidade estão fatores
genéticos, quando a pessoa herda a disposição para a obesidade, tem o
metabolismo mais lento, oscilações hormonais; e psicológicos, quando o estresse
e as frustrações desencadeiam crises de compulsão alimentar. Mas o principal é
a alimentação inadequada ou excessiva, sendo o sedentarismo o segundo fator que
contribui para a obesidade.
Para a médica paraense Natasha Vilanova,
endocrinologista do Hapvida, a conscientização é o grande passo para evitar o
desenvolvimento da doença, “quanto mais cedo as pessoas se conscientizarem a
ter hábitos saudáveis em relação a alimentação e praticar regularmente
atividades físicas, pode-se evitar o desenvolvimento da obesidade.”
O diagnóstico é feito através do Cálculo
do Índice de Massa Corpórea (IMC), que avalia a relação entre peso e altura,
quando o IMC é maior que 30, a pessoa é considerada obesa. Mas existem outros
cálculos que agem em conjunto com o cálculo do IMC, como o cálculo da
porcentagem de gordura e medição da circunferência abdominal. Uma vez
diagnosticada, é preciso fazer o tratamento, que envolve mudanças no estilo de
vida, “o tratamento é a longo prazo, para evitar complicações agudas e
desenvolvimento de outras doenças, como diabetes e até o surgimento de alguns
tipos de câncer. É de suma importância que o paciente faça o tratamento
corretamente, que envolve uma equipe multidisciplinar, com médicos,
nutricionista, educador físico, em alguns casos psicólogo, e outros profissionais
quando adequado. Esse tratamento também pode adotar o uso farmacológico,
através de medicações liberadas, se for o caso.”
Além dos impactos na saúde física, a
obesidade pode trazer prejuízos para as relações pessoais e profissionais, já
que essas pessoas são mais propensas a desenvolver depressão e ansiedade. A
endocrinologista ressalta a importância do apoio familiar e da conscientização
da sociedade: “a obesidade deve ser vista sim como doença e compreendida. Já é
muito difícil que o paciente procure ajuda, se esse paciente não tem apoio
familiar, fica mais difícil. Por isso a conscientização da sociedade também é
muito importante, para evitar estigmas e preconceitos quanto ao diagnóstico e
tratamento. O apoio e incentivo no tratamento e prevenção da obesidade são
essenciais.”