A fisioterapia ocorre no jardim da
unidade e envolve pacientes internados na Unidade de Internação Pediátrica
(UIPedi) e no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ)
Brincar em balanço, subir em árvores,
jogar queimada e pega-pega, são brincadeiras normais de qualquer criança. No
ponto de vista médico, além de divertida, essas atividades ao ar livre auxiliam
os pequenos na recuperação durante a internação hospitalar.
Com respeito aos critérios de prevenção
ao novo coronavírus, o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE),
em Ananindeua (PA), começou a realizar, toda semana, uma programação no jardim
da unidade voltada para os pacientes pediátricos.
Os trabalhos consistem em duas práticas:
a fisioterapia motora, que estimula o movimento dos membros inferiores e
superiores; e a fisioterapia respiratória, quando os exercícios estimulam o
pulmão do paciente. São exercícios que estimulam uma série de habilidades,
capacidades e atributos físicos para contribuem para a recuperação dos
pequenos.
“Percebemos que as crianças demonstraram
uma melhora significativa no seu quadro após essas atividades, além de ficaram
mais receptivas para esse tipo de atendimento”, ressalta o coordenador de
reabilitação do Metropolitano, Henrique Gomes.
“Geralmente, os atendimentos em sala não
são atrativos para esse tipo de pacientes, então buscamos alternativas.
Reabilitação ao ar livre, por exemplo, ajuda a superar o medo, aumentar a
confiança e fortalecer a musculatura, a coordenação motora e as articulações”,
complementa Henrique.
A ação também é uma forma de
descontração para os pacientes mirins, promovendo bem-estar, promoção da
qualidade de vida, humanização e sustentabilidade, pilares da gestão da
Pró-Saúde, entidade filantrópica com mais de 50 anos de história, que
administra o HMUE.
Mirelle de Jesus, 10 anos, sofreu
queimaduras em casa, no município de São Félix do Xingu, sudeste do Pará. A
menina está internada no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do
Metropolitano em recuperação e participa da atividade.
“Eu fico muito feliz quando saio para
fazer as atividades, já que eu passo a maior parte do tempo no meu leito,
descansando. Aqui eu brinco, tenho contato com a natureza e faço os exercícios
que os fisioterapeutas pedem”, conta animada.
A tia da menina, Alzira de Jesus
Lacerda, relata a evolução de Mirelle. “Minha sobrinha ficava quieta, triste no
leito. Agora, depois das atividades, ela se mostra mais alegre e ansiosa para o
tratamento no jardim do hospital”.
O Hospital Metropolitano, que pertence ao
Governo do Pará e presta atendimento 100% gratuito no Sistema Único de Saúde
(SUS), possui uma ala exclusiva para a reabilitação de pacientes vítimas de
traumas e/ou queimaduras, sendo referência de atendimento no Estado.