Para impulsionar o início do Plano
Nacional de Operacionalização da Vacinação contra o novo coronavírus, causador
da Covid-19, técnicos do Ministério da Saúde informaram que, até o final desta
semana, a União vai assinar um contrato para compra com exclusividade da vacina
Coronavac. A tratativa será firmada com o Instituto Butantan, responsável pelo
desenvolvimento do imunizante em parceria com o laboratório chinês Sinovac,
anunciaram os técnicos na tarde desta quarta-feira (16), durante reunião com
vários governadores, em Brasília (DF).
"O Ministério da Saúde garantiu
que, ainda nesta semana, será assinado contrato para aquisição de 45 milhões de
doses, que serão entregues até o próximo mês de março, com início da entrega já
acontecendo de forma fracionada no próximo mês de janeiro. Consta no contrato,
como cláusula de exigência, que a totalidade da oferta produzida pelo Butantan
será destinada para utilização no Plano Nacional de Imunização", informou
o governador do Pará, Helder Barbalho, após a reunião.
O chefe do Executivo paraense
acrescentou que, "neste momento, o nosso grande desafio é iniciar o
processo de imunização. Com isso, em paralelo, a Fiocruz (Fundação Oswaldo
Cruz) passa ter uma escala acentuada de produção a partir do mês de março. Nós
compreendemos, portanto, que o desafio é assegurar o início da primeira fase de
vacinação, que deve envolver profissionais de saúde e aqueles que estão em
asilos e áreas com maior sensibilidade, da faixa etária acima de 80 anos".
Parceria Fiocruz e Butantan - Helder
Barbalho informou, ainda, que neste momento a Fiocruz sinaliza ao Ministério da
Saúde a possibilidade de, a partir de 21 de janeiro, ter 15 milhões de doses
para serem verificadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O Butantan também sinalizou ao Ministério a oferta de 20 milhões de doses para
entrega até o dia 30 de janeiro.
"Essas duas são as ofertas em
escaladas, que podem projetar um quantitativo real para o início da imunização.
Efetivamente, agora o que se tem a construir é a consolidação e assinatura da
compra por parte do Ministério da Saúde junto ao Butantan para somar com a
produção da Fiocruz, para que tenhamos até meados de fevereiro uma oferta que
gira em torno de 35 milhões de doses", ressaltou o governador.
"Tivemos a oportunidade de reunir
com a equipe técnica do Ministério da Saúde e a presidente da Fiocruz para
alinharmos a perspectiva efetiva de calendário e oferta de vacinas para
cumprimento das fases de imunização que foram apresentadas no Plano de hoje,
pelo presidente da República", disse Helder Barbalho.
Ofertas - O governador do Pará também
adiantou que, além das negociações com o Instituto Butantan e a Fiocruz, há
outras possibilidades de ofertas de vacinas, porém em menor escala, com
aproximadamente 500 mil doses da vacina desenvolvida pela Pfizer/BioNTech, que
ainda necessita da chegada ao Brasil de insumos para concluir o imunizante.
"Também temos outra situação.
Dependendo de um diálogo diplomático, existe a possibilidade de virem para o
Brasil entre 1 e 2 milhões de doses do Laboratório AstraZeneca, que desenvolve
a vacina da Oxford, já prontas para envase e aplicação", informou o
governador.
Além de Helder Barbalho, participaram da
reunião os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado; do Rio Grande do Norte,
Fátima Bezerra, e do Piauí, Wellington Dias, além de representantes do Conselho
Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias
Municipais de Saúde (Conasems).