Este é o período em que as famílias se reúnem para comemorar o encerramento de um ciclo e a chegada de um novo ano. Para muitas pessoas é um período especial, pelas festas, pelas energias, pelas perspectivas de um novo tempo. Contudo, para outras pessoas, este momento revela sentimentos de tristeza, melancolia e desânimo. É aí que está a depressão sazonal.
A psicóloga do Sistema Hapvida, Suellen Saraiva, explica que a depressão sazonal é um transtorno de humor que acomete o indivíduo todos os anos, em um determinado período. “As pessoas acreditam que as festas de final de ano normalmente são felizes, porque as famílias se reúnem para celebrar. Mas é uma época muito difícil para quem sofre de algum tipo de transtorno mental, como a depressão, transtornos de mudança de humor, ou para quem teve alguma perda significativa e está em processo de luto. Assim como para quem enfrenta problemas de dependência química e emocional. Então, esta época de final de ano não é um momento feliz para todo mundo, pelo contrário, para algumas pessoas é um momento difícil de recaídas das depressões e das abstinências”.
Assim como qualquer distúrbio de humor, Suellen enfatiza que a depressão sazonal merece atenção e tratamento. “A depressão sazonal existe e é sim uma depressão que precisa ser vista como uma doença mental e um dos transtornos mais graves que temos dentro da área da saúde mental. Quando não cuidada, vira uma depressão crônica e pode ter prejuízos mais graves. O tratamento é medicamentoso, com acompanhamento médico e acompanhamento psicológico. Dependendo do quadro da depressão, o tratamento pode se estender e à medida que o paciente responder positivamente ao tratamento e ao processo psicoterapêutico, aí ele está apto para receber a alta, caso a depressão sazonal se transforme em um caso de depressão crônica, este paciente precisa continuar tendo acompanhamento”, destaca.
A especialista ressalta que o paciente não deve procurar ajuda somente nestas épocas. A atenção adequada deve ser dada durante todo o ano. “É muito importante que as pessoas não tenham medo ou vergonha e busquem ajuda profissional, assim como é muito importante observarmos as pessoas próximas a nós, mudanças de comportamento, de humor, tristeza sem motivo aparente e desânimo são sinais de alerta de que esta pessoa pode estar precisando de ajuda”, finaliza.