Brasileiro vê economia do País e a própria melhorarem só em 2022

 

Quase metade dos brasileiros que vivem na região NORTE acredita que as finanças da família só deverão melhorar a partir do ano que vem. Os que acreditam que essa recuperação acontece ainda em 2020 somam menos de um terço da população. 

As conclusões são da nova pesquisa RADAR FEBRABAN, que a entidade e o IPESPE lançam este mês, com um levantamento inédito, realizado entre 3 mil pessoas maiores de 18 anos em todo o país, na primeira semana de março deste ano. 

"Durante a pandemia, o papel do setor financeiro transcendeu, em muito, nossas atividades. Além de 3,5 trilhões de reais que foram concedidos para o crédito, participamos de movimentos solidários que permitiram a milhões de pessoas enfrentarem melhor este momento. Estamos falando mais com a sociedade porque para melhor atendê-la é preciso ouvi-la cada vez mais", diz João Borges, diretor de Comunicação da FEBRABAN.

 Segundo o RADAR FEBRABAN, 49% dos entrevistados na região NORTE acreditam que a situação das finanças da família só deve melhorar no próximo ano. No Brasil como um todo esse índice é de 54%, demonstrando um otimismo maior na região. 

Os que acreditam na recuperação das finanças familiares ainda este ano na região NORTE perfazem 29%, contra uma média nacional de 23%. 

Ainda na região, 66% pensam que o Brasil não terá recuperação econômica em 2020. Em relação aos dados nacionais, esse índice atinge 75%.

 Os prognósticos sobre desemprego, acesso a crédito, taxa de juros, inflação e poder de compra da população também são predominantemente negativos: 70% acham que o desemprego vai crescer, a mesma média da pesquisa nacional. Outros 73% preveem o aumento da inflação e do custo de vida (80% é a média nacional); também 73% dos entrevistados acreditam que a taxa de juros vai aumentar (76%, nacional); e 55% vislumbram a diminuição do poder de compra das pessoas (64%, nacional).

 "A crise de saúde provocada pela pandemia atingiu em cheio a economia global, e com especial impacto no Brasil que já vinha tentado se reerguer após sucessivos anos de baixo crescimento. Grande parte das famílias tem ou teve que conviver por um longo período com perdas financeiras, esvaziamento das reservas, redução salarial, desemprego. Diante de tantas dificuldades enfrentadas, não é de estranhar o pessimismo quanto à recuperação financeira das pessoas e do país", avalia o cientista político e sociólogo Antonio Lavareda presidente do Conselho Científico do IPESPE.

 PIX É APROVADO PELA MAIORIA APÓS TRÊS MESES DE USO

Após 90 dias de uso, o PIX está aprovado pelos usuários que o utilizam para transferências e outras operações bancárias. O RADAR FEBRABAN detectou também uma boa avaliação dos bancos entre a população neste período de pandemia.

 Além da expressiva satisfação dos usuários com o PIX, o RADAR FEBRABAN identificou que, mesmo com o avanço dos hábitos online, a maioria das pessoas se sente pouco ou nada segura em relação ao uso dos seus dados pessoais na internet.

 Na região NORTE, em questão de múltiplas respostas, 46% disseram ter feito transferência bancária através do PIX; 38% o utilizaram para fazer pagamento; 33% recebem pagamentos com ele e 32% contaram com a ferramenta para receber transferências. A nota média atribuída ao PIX na região é de 9,1, acima da nota média nacional, que atinge 8,9. Uma parcela de 35% afirma não ter usado o PIX (abaixo da média nacional, que é de 38%).

 Compilados os dados de todas as regiões, 1% dos entrevistados disseram que usam a ferramenta como aplicativo de relacionamento (o que corresponde a cerca de um milhão e seiscentas mil pessoas).

 Quanto à segurança, mais de um quarto dos entrevistados na região NORTE (26%) considera que os bancos oferecem o PIX mais seguro contra apenas 15% que apontam as fintechs. Além disso, uma grande parcela (33%) respondeu "ambos".

 Os bancos foram bem avaliados pela maior parte dos entrevistados. A população enxerga uma atuação positiva do setor bancário no tocante ao desenvolvimento econômico, à geração de emprego, à melhoria da qualidade de vida das pessoas e ao combate à pandemia. 

Segundo o RADAR FEBRABAN, a confiança da população da região NORTE nos bancos em meio à crise e a percepção sobre sua contribuição nas diversas áreas é majoritariamente positiva: 57% afirmaram confiar nas instituições bancárias (igual à média nacional). Também foram avaliados os níveis de confiança nas empresas privadas (48%) e nas fintechs (46%). Para efeito de comparação, as médias nacionais nesses quesitos foram 51% e 49%, respectivamente.