Hospital Regional do Baixo Amazonas garante segurança ao paciente com execução de metas internacionais da OMS

  


Nesta quinta-feira, 1° de abril, é lembrado o Dia Nacional da Segurança do Paciente. A data alerta a sociedade como um todo sobre a importância da adoção de práticas seguras nas unidades de saúde, promovendo a segurança e qualidade assistencial. 

Há dez anos, o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), no Oeste do Pará, implantou um projeto de gestão de riscos com foco na segurança do paciente. A partir deste modelo, foram criadas ações de melhorias contínuas para a redução dos riscos de contaminação e de acidentes no ambiente hospitalar.

 Com os avanços obtidos pelo HRBA, principalmente na realização periódica de treinamentos sobre novos procedimentos clínicos, a unidade conseguiu impulsionar a participação efetiva de todos os colaboradores, o que contribui até na redução de óbitos.

De acordo com Deusilene Pontes, gerente do Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente, os protocolos adotados pelo HRBA ajudaram a salvar 186 vidas no ano passado. Isso se deve, principalmente, a adesão de todos ao Protocolo de Sepse, doença que possui alta mortalidade no Brasil e causada, na maior parte das vezes, por bactérias. A sepse desencadeia uma resposta inflamatória sistêmica e acentuada por uma infeção no corpo humano.

“Em 2020, com uma taxa de 95% de adesão ao Protocolo de Sepse em toda área assistencial do hospital, conseguimos evitar 186 óbitos de pessoas diagnosticadas com sepse. Isso foi possível ao colocarmos em prática recomendações simples, que tem alto impacto”, destaca.

O Regional do Baixo Amazonas, que pertence ao Governo do Pará, é gerenciado pela entidade filantrópica Pró-Saúde. Desde o início da gestão do hospital pela entidade, em 2008, o HRBA tem ampliado os resultados na prevenção de incidentes. 

Entre as principais ações da unidade é a execução efetiva de metas internacionais de segurança, estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Essas metas ajudam na redução de riscos e garantem mais segurança no atendimento aos pacientes. São elas:

 Meta 1: Identificação correta do paciente antes da realização dos procedimentos. 

Meta 2: Comunicação efetiva e correta. No HRBA, reuniões sobre segurança e rondas entre as lideranças de cada setor fortalecem a cultura do hospital no engajamento da equipe, ajudando a identificar oportunidades para melhorar a segurança dos pacientes.

Meta 3: Segurança na prescrição de medicamentos. Neste caso, o objetivo é diminuir as chances de erro na aplicação de medicamentos, que podem ser causados por falta de conferência correta dos remédios a serem aplicados em pacientes, preparo, entre outros fatores.

Meta 4: Cirurgia segura. São definições para a realização de procedimentos cirúrgicos sem qualquer risco ao paciente, com envolvimento dos profissionais, local adequado e todos os recursos necessários disponíveis. Em 2020, o HRBA obteve 100% de adesão ao preenchimento correto do check-list, documento que garante maior segurança na realização de cirurgias em pacientes.

Meta 5:  Redução de riscos de infecções associadas aos cuidados assistenciais. O Regional do Baixo Amazonas reduziu, entre 2018 a 2020, em mais de 50% a incidência de infecção de Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAV). Este tipo de infecção pode surgir, por exemplo, em caso de intubação de pacientes atendidos na UTI.

Meta 6: Prevenção de danos decorrentes de quedas. Com adoção de práticas simples, o HRBA conseguiu reduzir a incidência de quedas nas enfermarias. Entre as práticas: manter grades dos leitos elevadas, manter pertencentes pessoais próximo ao paciente, além do envolvimento do familiar como um agente de prevenção aos incidentes.

Meta 7: Redução de lesão por pressão com cuidados preventivos diariamente. No período de pandemia, devido a longa permanência de internação, os cuidados foram redobrados com aquisição de dispositivos de descompressão.