Crédito: Rai Pontes / Ascom Seduc
Celebrado no dia 2 de abril, o Dia Mundial da Conscientização do Autismo foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 2007, para conscientizar e chamar a atenção da sociedade para o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O TEA consiste em uma série de condições caracterizadas por um grau de comprometimento no comportamento social, comunicativo e na linguagem, além de interesses e atividades realizadas de forma repetitiva, podendo ser percebido ainda na infância e persiste por toda a vida, por isso é representado pelo símbolo do quebra-cabeça, pois demonstra a complexidade do TEA e haja vista que ainda é necessário descobrir sobre o tema. O transtorno se manifesta de diferentes formas em cada indivíduo e são trabalhados através de terapias que auxiliam no desenvolvimento. A pessoa com TEA, para fins legais, é considerada uma pessoa com deficiência com leis e garantias específicas.
Neste sentido, a Secretaria de Estado de
Educação (Seduc), por meio da Coordenação de Educação Especial (Coees) atua com
o Núcleo de Atendimento Educacional Especializado ao Transtorno do Espectro de
Autismo (Natee) que, atualmente, atende a 98 estudantes matriculados na
unidade.
O núcleo oferece atividades específicas para o fortalecimento da motricidade, exercícios com fonoaudiólogos para o estímulo da linguagem e também metodologias voltadas para o setor pedagógico de forma que os alunos possam desenvolver as disciplinas da escola regular. Para o ingresso no Natee, é preciso estar devidamente matriculado em escolas regulares da rede estadual. O candidato passará por uma avaliação como uma equipe multiprofissional de fonoaudiólogos, psicólogos, e professores para verificar se apresenta características que se encaixe ao TEA.
A coordenadora pedagógica do Natee,
Conceição Souto, conta que o acolhimento é necessário para dar suporte ao
ensino regular, uma vez que trabalha as dificuldades próprias da criança com
autismo e ajuda no processo de socialização.
Gabriel Nascimento, de 15 anos, é estudante do 8º ano da Escola Estadual Liceu Mestre Raimundo Cardoso. A mãe, Márcia Goreth do Nascimento, conta que desde pequeno o filho recebe acompanhamento da equipe técnica e o núcleo foi um divisor de águas para o desenvolvimento de Gabriel.
"O Natee foi a nossa salvação, pois
o Gabriel era uma criança tipicamente autista, não aceitava toque, não entendia
nada, não sabia falar e nem se expressar. Hoje, através do atendimento, ele
socializa, não se incomoda com pessoas, nem com barulhos, sabe ler, escrever,
cantar, além de entender e compreender os comandos para a execução das tarefas
e trabalho em equipe. Sou muito grata ao núcleo", frisou a mãe do aluno.