Cai o número de casos das doenças transmitidas por insetos e micro-organismos no Pará

Crédito: Jader Paes / Ag.Pará

 No Dia Nacional da Saúde, comemorado nesta quinta-feira (5), a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) faz um balanço positivo das ações de controle das principais endemias transmitidas por vetores que acometem à população paraense, tais como malária, dengue, doença de Chagas e leishmaniose.

A data comemorativa foi instituída pela lei 5.352 de 8 de novembro de 1967, com a finalidade de promover a educação sanitária e despertar na população a consciência do valor da saúde. Outro objetivo é homenagear e recordar a vida e o trabalho de Oswaldo Cruz, um dos principais responsáveis pelas erradicações de perigosas epidemias que acometiam o Brasil no final do século XIX e começo do século XX.

"Apesar de o governo do Estado ter investido muito na descentralização dos serviços de média e alta complexidade com a construção de hospitais regionais, é fundamental atuar na prevenção de doenças e promoção da saúde para que tenhamos uma população que precise cada vez menos de internação hospitalar por doenças endêmicas, que podem ser evitadas com medidas simples", é o que pensa o secretário de Estado de Saúde Pública, Rômulo Rodovalho.

Malária - De janeiro a julho deste ano, o Pará registrou 8.970 casos confirmados de malária representando uma redução de 26,75% em relação ao mesmo período de 2020 com 12.245 casos confirmados da doença.

Dengue - Em relação à dengue, o Pará também tem registrado queda no número de casos. São 1.897 casos confirmados de janeiro a junho de 2021, contra 1.656 no mesmo período de 2020, representando uma redução de 14,5%. Os municípios com mais casos de dengue em 2021 são Itaituba (502), Belém (434), Altamira (186), Novo Progresso (133) e Novo Repartimento (85).

No que tange à febre de chikungunya, a queda no número de casos chegou a 36%, com o registro de 85 casos confirmados da doença de janeiro a junho de 2021 e 133 confirmados no mesmo período de 2020. Os municípios com mais casos são Belém (21), Parauapebas (19) e Castanhal (09).

Quanto à febre de zika, a redução foi de 88,88% com o registro de 19 casos da doença de janeiro a junho de 2021 e 171 casos no mesmo período de 2020. Os municípios com mais casos registrados são Santarém (19) e Belém (10).

Doença de Chagas - Apesar de o Pará ainda ser responsável por 80,95% dos casos de doença de Chagas no Brasil, o número de casos confirmados dessa endemia também vem caindo no estado. Foram 68 casos confirmados de janeiro a julho de 2021 contra 100 casos confirmados no mesmo período de 2020, alcançando uma redução de 32%. Os municípios com mais casos são Bagre (13), Barcarena e Cametá (07), Oeiras do Pará (06) e Curralinho e Igarapé-Miri (05).

Leishmaniose - Pouco se fala, mas a leishmaniose também é uma endemia que precisa de ações de vigilância epidemiológica por parte da Sespa e Secretarias Municipais de Saúde.

As leishmanioses são doenças infecciosas não contagiosas de curso crônico, causadas por protozoários do gênero Leishmania, causando as formas clínicas tegumentar (cutânea e mucosa) e a visceral. Quando não tratadas precocemente causam deformidades importantes no caso da tegumentar, e óbito no caso da visceral. A doença é transmitida por insetos hematófagos conhecidos como flebótomos ou flebotomíneos.

Durante o ano todo de 2020, foram confirmados 228 casos de leishmaniose visceral e 3.159 de tegumentar. Já de janeiro até a primeira quinzena de julho, foram 87 de visceral e 1.188 de tegumentar.