Prefeitura de Belém realiza Jornada de Gratidão aos Povos Negros

  

Nesta quinta-feira, 9, às 19h, será realizada no Teatro Margarida Schivasappa a abertura da Jornada de Gratidão aos Povos Negros, evento organizado pela Prefeitura de Belém, alusivo ao dia Dia Internacional para Pessoas de  Descendência Africana. 

A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e comemorada pela primeira vez no último dia 31 de agosto. O evento é um ato de agradecimento à diáspora africana, fenômeno caracterizado pela imigração forçada de africanos durante o tráfico transatlântico especialmente no período de colonização das Américas.

 O encontro contará com a participação do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, e do escritor e artista de Cabo Verde, Mário Lúcio.

 Um desfile de moda africana será realizado em parceria Associação dos Estudantes Estrangeiros da Universidade Federal do Pará (AEE-UFPA), que atualmente conta com 55 membros.

 O designer de moda Israel Hounsou, natural de Benin e estudante de mestrado da UFPA, é quem assina a coleção intitulada: Da África para o Brasil. Serão apresentadas 30 peças usadas por modelos brasileiros e africanos na abertura da Jornada.

 A Jornada de Gratidão aos Povos Negros é realizada pela Pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Administração (Semad) e pelas Coordenações de Relações Internacionais (Corint), Antiracista (Coant) e pela Fundação Municipal de Cultura (Fumbel). 

“Aqui o racismo não tem vez. Aqui o preconceito racial não tem vez. Aqui nós somos gratos aos negros e as negras. Nós vamos demarcar isso ao longo desses três meses até terminar numa bela apoteose, em novembro, quando se comemora o mês da consciência negra”,  afirma o coordenador da Corint, Luiz Arnaldo Campos.

 A coordenadora Antirracista de Belém, Elza Fátima Rodrigues, afirma que não dá para pensar no Brasil sem a imensa contribuição dos povos africanos, que foram traficados na época colonial. "O povo que veio traficado nas piores condições humanas conseguiram recriar a sua África e ressignificar toda essa pátria perdida”.