Seaster lança estudo sobre tráfico de pessoas nas regiões no Pará

 A Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) apresentou, na manhã desta quarta-feira (1°), os resultados de um painel sobre tráfico de pessoas no Pará. O trabalho é fruto de uma pesquisa realizada pela equipe da Coordenadoria de Vigilância Socioassistencial da Seaster. A apresentação ocorreu no auditório da Secretaria, e contou com a participação de técnicos e representantes da área. 

A pesquisa foi iniciada em 2021 e conduzida pelo técnico em Gestão Pública da Seaster, Alexandre Costa. Os resultados revelam o perfil dos usuários que acessam o serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (Paefi). "Dentro da assistência social foi verificado que há um perfil de vítimas do tráfico que é predominante. Nesse caso, o estudo aponta para pessoas do gênero masculino, com idades entre 18 e 59 anos. Este mesmo perfil está restrito à região do Tapajós e ao município de Itaituba. Já as regiões de Integração Guajará, Rio Capim, Marajó e Tocantins possuem um perfil oposto. Nesses locais, as vítimas são do gênero feminino, com idades entre 18 e 59 anos. Os resultados desta pesquisa são inéditos e auxiliam na identificação de medidas que possam combater a expansão do tráfico de pessoas no Estado, além de sugerir que os serviços de acolhimento às vítimas, como o Paefi, realizem ações de prevenção a cooptações de indivíduos às redes do tráfico", disse o palestrante.

 "A equipe de Assistência Social da Seaster está muito feliz e orgulhosa deste feito. Esta pesquisa é muito importante para a nossa Secretaria e para o nosso Estado. Infelizmente, o Pará possui altos índices de tráfico humano. Então, realizar pesquisas que podem auxiliar no combate destes índices é um grande feito", reforçou o diretor de Assistência Social, Adonai Gonçalves. 

Observatório - Durante o evento também foi lançado o I Observatório Atalaia, que tem como principal objetivo a disseminação de informações referentes ao trabalho da Vigilância Socioassistencial no Estado. O estudo sobre tráfico de pessoas está inserido nas demandas do Observatório.

 "O Observatório da Vigilância já existe há um tempo, mas acreditávamos que ele não conseguia atingir a disseminação das informações aos municípios. Assim, o Observatório Atalaia se tornou uma ação do Plano Estadual de Vigilância Socioassistencial da Seaster, com o intuito de ganhar proporção e alcançar a divulgação ampliada das informações colhidas através do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e direcionada aos municípios do Pará", explicou o antropólogo e técnico da Seaster, João Paulo Thury.