Junho com menos emprego no Pará

Setor do Comércio foi o mais atingido - Foto Cristino Martins - Agência Pará


Segundo pesquisa do Dieese/Pa, o emprego formal voltou a apresentar recuo no estado do Pará, no mês passado (Junho/2016), envolvendo principalmente o setor da Construção Civil, Comércio e Serviço. No 1º semestre de 2016 (Jan-Jun) o Estado perdeu quase 17 mil postos de trabalhos formais. Este Estudo sobre a geração de empregos formais no Estado do Pará e demais Estados da Região Norte foi elaborado e analisado pelo DIEESE/PA com base em informações oficiais do Ministério do Trabalho segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED.

Junho

No mês de junho/2016, o Estado apresentou queda na geração de empregos formais. Foram feitas no período, 22.317 admissões contra 24.417 desligamentos, gerando um saldo negativo de 2.100 postos de Trabalhos no Setor Formal da Economia com um decréscimo de 0,28% em relação ao mês de Mai/2016. No mesmo período do ano passado (Jun/2015), o Estado do Pará também apresentou saldo negativo de empregos formais, só que menor que o verificado este ano. Foram feitas naquela oportunidade em todo o Pará 29.247 admissões contra 30.957 desligamentos, gerando um saldo negativo de 1.710 Postos de Trabalhos no Setor Formal da Economia

No mês de junho/2016, os setores econômicos do estado do Pará que apresentaram as maiores perdas de empregos formais foram: Comércio, com decréscimo de 0,55%, seguido do setor da Construção Civil, com decréscimo de 0,48% e setor Serviços, com decréscimo de 0,36%. Na outra ponta, o destaque positivo ficou por conta do setor Extrativo Mineral, com crescimento de 0,74%, seguido do setor da Indústria de Transformação com crescimento de 0,50%e Serv. Ind. Utilid. Publica com crescimento de 0,24%.

Semestre

O balanço efetuado pelo Dieese/Pa sobre a trajetória do emprego formal no estado do Pará mostra que no 1º semestre de 2016 (Jan-Jun), o saldo de empregos formais foi negativo. Foram feitas no período, 136.613 admissões contra 153.158 desligamentos, gerando saldo negativo de 16.545 postos de trabalhos com decréscimo de 2,13% na geração de empregos formais.  No 1º semestre do ano passado (Jan-Jun/2015) o saldo de empregos formais também foi negativo, só que bem menor que o observado este ano. Foram feitas naquela oportunidade 180.450 admissões contra 189.274 desligamentos, gerando um saldo negativo de 8.824 postos de trabalhos.

Ainda com base no balanço, no primeiro semestre de 2016 (Jan-Jun), os setores econômicos do Estado Pará que se destacaram na queda do emprego formal foram: Construção Civil com decréscimo de 7,06%, seguido do Setor Comércio com decréscimo de 2,54%, Setor Industria de Transformação com queda de 2,39% e o Setor da Agropecuária com queda de 2,24%. No mesmo período analisado, o destaque positivo ficou por conta do Setor Serviço Indústria e Utilidade Pública com crescimento de 3,68%, seguido do Setor Extrativo Mineral com crescimento de 1,02% na geração de empregos formais.

Região Norte

Além do Pará, o Dieese/Pa também analisou a situação do emprego nos demais estados da Região Norte, no mês de Jun/2016. As analises mostram que a maioria apresentou queda de empregos formais. No período analisado, o estado que apresentou a maior queda de empregos formais foi o Pará, com saldo negativo de 2.100 postos de trabalhos, seguido do estado do Amazonas, com saldo negativo de 1.231 postos de trabalhos e do estado de Rondônia com saldo negativo de 1.080 postos de trabalhos. Na outra ponta, o estado do Acre apresentou o maior crescimento de empregos formais, com saldo positivo de 191 postos de trabalhos. Ainda de acordo com as analises de Dieese/Pa, no mês de Jun/2016 foram feitas em toda a Região Norte 51.879 admissões contra 56.516 desligamentos gerando um saldo negativo de 4.637 postos de trabalhos com um decréscimo de 0,26% no emprego formal.


No primeiro semestre deste ano, no comparativo entre admitidos e desligados, a grande maioria dos sete estados apresentou saldos negativos na geração de empregos formais. No período analisado o Pará foi o estado que apresentou a maior perda de empregos formais com saldo negativo de 16.545 postos de trabalhos, seguido do estado do Amazonas com saldo negativo de 15.330 postos de trabalhos, de Rondônia com saldo negativo de 5.260 postos de trabalhos, do Amapá com saldo negativo de 2.636 postos de trabalhos; do estado do Acre com saldo negativo de 1.546 postos de trabalhos e do estado do Tocantins com saldo negativo de 597 postos de trabalhos. Também no mesmo período apenas o estado de Roraima foi quem apresentou geração de empregos formais com saldo positivo de 117 postos de trabalhos. Em todo o Norte foram feitas em 2016 (Jan-Jun), 325.915 admissões contra 367.712 desligamentos gerando um saldo negativo de 41.797 postos de trabalhos no emprego formal com decréscimo de 2,26%.