Micose das unhas: a vilã do verão amazônico

Com a chegada do verão amazônico, caracterizado pela redução das chuvas e pelo tempo seco, a busca por ambientes úmidos como clubes, igarapés e praias aumenta. O calor e a umidade contribuem para o crescimento e a proliferação dos fungos, responsáveis pela onicomicose, conhecida como micose das unhas, que afeta especialmente as dos pés. 

“Com o aumento da temperatura, as pessoas transpiram mais e passam a frequentar lugares com muita umidade, como piscinas e praias. A beirada da piscina, por exemplo, é um local que possui grande capacidade de disseminação dos fungos, por causa da circulação de pessoas descalças na superfície molhada”, explica a Gestora Técnica e Administrativa do Laboratório Sabin em Belém, Izaura Souza. 

Os sinais mais comuns da ocorrência de onicomicoses são: o descolamento da borda livre da unha e a alteração da sua coloração para esbranquiçada, amarelada ou escurecida.  Especialista explica que essas e outras micoses são detectadas por meio do exame micológico, que consiste na análise microscópica de material obtido pela raspagem da área lesionada. “Para não interferir no resultado do exame, é importante não utilizar nenhum tipo de produto ou medicação nas unhas antes da coleta”, ressalta. 

Ela esclarece também que há o exame de cultura de fungos, que possibilita a correta identificação do fungo causador da micose. O tratamento da micose pode durar meses e até anos, em alguns casos. A melhora é demorada e depende do uso correto do antifúngico, do crescimento e da substituição natural da unha.  De acordo com Izaura Souza, a prevenção ainda é a principal forma de proteger as unhas contra as micoses. Por isso, é importante usar chinelos em locais úmidos, lavar e secar bem os pés após banhos de piscina ou mesmo igarapés e rios. Recomenda-se também não compartilhar objetos de manicure, tais como alicates, palitos, lixas ou mesmo esmaltes.