O cacau é o assunto principal do debate - Foto Sidney Oliveira - AG.Pará |
O Governo do Estado do Pará, por
meio da Secretaria de Desenvolvimento da Agricultura e Pesca (Sedap), e em
conjunto com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e a
ONG ambientalista global The Nature Conservancy (TNC), vai desenvolver ações
para assegurar a expansão da cacauicultura paraense de forma livre de
desmantamento. O chamado “Pacto Cacau Floresta” será assinado durante a reunião
da Câmara Setorial Nacional e Estadual da Cacauicultura, marcada para esta
sexta-feira (23), em Belém. A reunião da Câmara é um dos eventos técnicos
paralelos ao IV Festival Internacional do Cacau e Chocolate da Amazônia e XVI
Flor Pará, que ocorrem no período de 22 a 25 de setembro, no Hangar Convenções
e Feiras da Amazônia. A reunião da câmara setorial em Belém, que começa às 9
horas, também vai tratar de outros assuntos, como o controle de doenças e a
fitossanidade das lavouras cacaueiras do Brasil.
Com o pacto, o governo deixa
claro que tem como prioridade o desenvolvimento sustentável do Pará, aliando o
avanço econômico ao benefício social com respeito ambiental. Entre os
compromissos assumidos com o pacto está a promoção do plantio de cacau em
sistemas agroflorestais e garantia da melhoria da qualidade de vida dos
agricultores familiares nos municípios de São Felix do Xingu, Tucumã e
Ourilândia do Norte. A região foi escolhida por ser um importante polo produtor
de cacau do Estado do Pará e, ao mesmo tempo, vir sofrendo elevada pressão de
desmatamento e degradação de áreas produtivas junto à agricultura familiar.
As metas estabelecidas no pacto
para serem atingidas até 2020 nesses três municípios são: implantar pelo menos
cinco mil hectares de cacau livre de desmatamento em sistemas agroflorestais
instalados em áreas já consolidadas pela agropecuária, incluir pelo menos mil
famílias com novos plantios de cacau, restaurar 200 hectares de áreas de
preservação permanente (matas ciliares e nascentes), capacitar técnicos
agropecuários em boas práticas produtivas, implantar pelo menos 20 unidades familiares
de referência de produção de cacau e implantar uma plataforma online com
informações sobre a produção, produtividade, previsão de safra e economia do
cacau em sistemas agroflorestais.