Neste dia 15 de setembro é
comemorado o Dia Mundial de Conscientização de Linfomas. Em mais de 20 países,
acontece simultaneamente uma campanha neste mês, com o objetivo de alertar a
população sobre a importância do diagnóstico, sintomas e tratamento da doença. “O
linfoma é um câncer silencioso do sistema linfático, desconhecido por muitos.
São mais de 40 subtipos classificados em linfomas de Hodgkin e não-Hodgkin. Por
isso, a campanha de conscientização é de suma importância para um diagnóstico
precoce, pois somente assim é possível salvar muitas vidas”, alerta o
onco-hematologista Celso Massumoto, coordenador de transplante de medula do
Hospital Nove de Julho.
O linfoma de Hodgkin corresponde
a 30% de todos os linfomas, com maior pico de incidência na faixa etária de
20-30 anos e um menor pico após os 50 anos. Já o linfoma de não-Hodgkin acomete
pessoas com mais de 60 anos. Os linfomas atingem homens e mulheres e ainda não
se conhece a causa exata. Os sintomas são aumento dos linfonodos, febre,
sudorese noturna, perda de peso, emagrecimento, anemia e queda de cabelos.
Em abril deste ano, a Anvisa
liberou um novo medicamento que tem se mostrado eficaz no tratamento do
linfoma: a droga Nivolumab. A remédio age estimulando o sistema de defesa do
paciente a lutar contra a enfermidade. “O Nivolumab está sendo muito promissor,
e na maior parte dos casos, os efeitos colaterais são mais toleráveis, sem
queda de cabelos ou náuseas”, explica Massumoto.
Para mostrar os desafios de tratar
a doença, o médico escreveu o livro ‘Criando Pontes para a Cura’, com histórias
de quatro mulheres que travaram uma corajosa batalha contra o linfoma de
Hodgkin e venceram. São relatos das várias etapas do tratamento, enfrentamento
da doença, dores e angústias que permeiam o processo. Por outro lado, mostram a
força interior, o apoio, o carinho dos familiares e, principalmente, o desejo
forte e permanente da cura com boas surpresas.
Sobre Celso Massumoto (CRM 48392)
Diretor clínico da Oncocenter,
coordenador de transplante de medula óssea do Hospital Nove de Julho e membro
da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale).