Estudos ambientais avaliam águas subterrâneas no Estado


Estudo mostra que fatores influenciam na estrutura dos lençóis subterrâneos - Foto AG.Pará

A Agência Nacional das Águas (ANA), ligada ao governo federal e especializada em gestão de recursos hídricos, conjuntamente com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), vai elaborar um estudo multidisciplinar acerca da disponibilidade das águas subterrâneas no Pará. Segundo a especialista em Recursos Hídricos da ANA, Márcia Gaspar, o estudo será fundamental para compreender que fatores influenciam na estrutura dos lençóis subterrâneos da região metropolitana de Belém, onde será feita análise. “O estudo vai ser bastante amplo e vai considerar fatores como geologia, a própria ocupação da cidade, que também influencia na disponibilidade destas águas, e até mesmo o clima, para entendermos como os períodos de mais ou menos chuvas implicam em alterações hídricas”, disse.

Serão 19 meses de mapeamentos e interpretações de dados para garantir melhor capacidade de gestão dos recursos hídricos de forma sustentável. Além desses estudos, será criada a Comissão Técnica de Acompanhamento e Fiscalização, para assegurar o uso dos recursos hídricos da forma adequada e sustentável, a partir de fiscalizações e acompanhamentos de processos de uso das águas. Farão parte da comissão instituições como Semas, ANA, Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), Universidade Federal do Pará (UFPA) e prefeituras, entre outras.

Os municípios que serão analisados durante o estudo são Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Bárbara do Pará e Santa Isabel do Pará. Segundo a diretora de Recursos Hídricos da Semas, Luciene Chaves, a partir do ano que vem as informações prévias interpretadas pelos estudos já deverão influenciar na emissão de outorgas e licenças – emitidas pela Semas – para uso de recursos hídricos.

“O estudo vai ser usado pela Semas para que possamos compreender melhor sobre a disponibilidade e até mesmo fazer uma análise quantitativa e qualitativa dessa água subterrânea, já que é uma realidade muito presente no Estado. É comum, por exemplo, as pessoas terem poços no quintal de casa. O estudo poderá dar subsídio para que a gente possa fazer uso desse recurso de forma inteligente, sem comprometer o ambiente”, explicou Luciene Chaves.

O desenvolvimento de políticas de gestão de recursos hídricos tem sido um tema constante no Estado. Segundo o secretário adjunto de Recursos Hídricos da Semas, Ronaldo Lima, o estudo deverá auxiliar no monitoramento ambiental. “O estudo é de grande relevância para se obter melhor conhecimento do potencial hidrogeológico da região, assim como da qualidade da água subterrânea que está sendo consumida na área metropolitana de Belém”, afirmou.



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