A Polícia Federal deflagrou na
manhã desta segunda-feira (5) a Operação Greenfield, que investiga crimes de
gestão temerária e fraudulenta em quatro dos maiores fundos de pensão do país:
Funcef, Petros, da Petrobras Previ e Postalis. A operação conta com o auxílio
técnico do Ministério Público Federal, da Superintendência Nacional de
Previdência Complementar e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Ao todo, 560 policiais federais
cumprem 127 mandados judiciais expedidos nos estados de São Paulo, Rio de
Janeiro, Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e
Amazonas, além do Distrito Federal. A Justiça determinou ainda o seqüestro de
bens e o bloqueio de ativos e de recursos em contas bancárias de 103 pessoas
físicas e jurídicas que são alvos da operação, no valor aproximado de R$ 8
bilhões.
De acordo com a PF, as
investigações começaram a partir de dez casos investigados que revelaram
déficits bilionários nos fundos de pensão. Entre os dez casos, oito são
relacionados a investimentos realizadas de forma temerária ou fraudulenta pelos
fundos de pensão, por meio dos FIPs (fundos de Investimentos em Participações).
Durante as investigações, foram
identificados um núcleo empresarial, um núcleo dirigente de fundos de pensão,
um núcleo de empresas avaliadoras de ativos e um núcleo de gestores e
administradores dos FIPs.
Os investigados responderão por
gestão temerária ou fraudulenta, além de outros crimes contra o Sistema Financeiro
Nacional, previstos na Lei nº 7.492/86.
Da Agência Brasil