Pouca gente sabe, mas as
proteínas representam o principal componente estrutural e funcional de todas as
células do organismo. Por exemplo: em um indivíduo com 70 kg de massa corporal,
há aproximadamente 12 kg de proteína, sendo que mais da metade (7 kg) está
contida nos músculos 1,2. É por isso que a suplementação nutricional que
estimula a taxa de síntese proteica no músculo é relevante para atenuar a perda
de massa e força muscular comum ao
envelhecimento. Estudos mostram que já a partir dos 40 anos, as pessoas perdem
cerca de 8% de massa muscular a cada década. “Essa perda, se não for
controlada, pode agravar problemas de saúde crônicos, acarretar quedas e afetar
a capacidade dos idosos de realizar atividades cotidianas, como caminhar,
levantar de uma cadeira, erguer objetos e subir escadas”, afirma Patrícia
Ruffo, Gerente Científico da área Nutricional da Abbott no Brasil. “Esse quadro
é chamado de sarcopenia”, diz.
Pessoas com mais de 65 anos
precisam, portanto, de maior ingestão de proteínas em comparação a indivíduos
adultos jovens. Essa recomendação é preventiva, pois tem o propósito de
auxiliar na recuperação de doenças e manter a funcionalidade do corpo, na
medida em que o indivíduo envelhece. Estudos mostram que há uma correlação
positiva entre a maior ingestão de proteínas e o aumento da densidade óssea no
idoso, a redução da perda de massa óssea e a manutenção da massa muscular. 4,
5, 6,7
As recomendações de ingestão de
proteínas em idosos acima de 60 anos, variam também de acordo com os diferentes
perfis8:
· Para aqueles que visam manter
ou obter ganho de massa muscular, a recomendação é: 1,0 a 1,2 g de proteínas/kg de peso/dia.
· Para idosos que já tenham
doenças agudas ou crônicas: 1,2 a 1,5 g de proteínas/kg de peso/dia.
· Para aqueles já engajados em
exercícios de endurance ou de força: ≥ 1,2 g de proteínas/kg de peso/dia.
Em 2010, aproximadamente 1 em
cada 5 pessoas tinha 50 anos ou mais. Até 2050 serão aproximadamente 2 em cada
5 pessoas com 50 anos ou mais³. Acompanhando essa curva ascendente da
expectativa de vida, a previsão é que o número de pessoas que apresentam perda
muscular e sarcopenia também aumente. “Estamos a caminho, portanto, de uma
inversão da pirâmide etária e, por isso, estratégias simples podem nos ajudar
muito nessa trajetória, que tem como foco viver mais e com melhor qualidade de
vida. Melhorar a saúde muscular em adultos é uma delas, e a forma de se fazer
isso é também aumentando o consumo diário de proteínas”, explica Patrícia.
“Vale lembrar que os idosos devem conversar com seu médico ou nutricionista
para estabelecer meios de manter a saúde muscular e prevenir a sarcopenia”,
orienta.

