Morre baleia que encalhou em Marapanim


Pesquisadoeres da UFPA realizaram exames no cadáver do animal - Foto Ascom/UFPA

A Baleia Minke que encalhou próximo ao município de Marapanim, no Pará, no início do mês foi encontrada morta nesta terça-feira, 18 de outubro. O corpo do animal foi localizado pelos biólogos da Universidade Federal do Pará (UFPA) dentro da Reserva Extrativista Maracanã, a cerca de 28 km da cidade de Marapanim, onde foi avistada pela última vez. De acordo com os integrantes do Grupo de Pesquisa em Biologia e Conservação de Mamíferos Aquáticos da Amazônia (BioMA), ligado à Universidade Federal do Pará (UFPA) e à Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), vários funcionários da Resex ajudaram nas buscas e na realização do exame, mas devido ao estado de decomposição da carcaça e a localização do animal não foi possível realizar uma necropcia completa.

“As caracterísitcas morfológicas indicam que é uma Minke Antástica (Balaenoptera bonaerensis), o que deve ser confirmado pelos exames de tecidos, órgãos e fluídos que coletamos do animal, mas não teremos como apontar a causa da morte já que o corpo estava em avançado estado de decomposição e foi encontrado durante a maré alta próximo a um manguezal, o que impossibilitou que fizéssemos uma necrópcia completa”, informa Gabriel Santos Melo, biólogo e doutorando do Núcleo de Teoria e Pesquisa Comportamento da UFPA (NTPC).

Entenda o caso – A Baleia Minke encalhou próximo a cidade de Marapanim, no nordeste do Pará, no último dia 7 de outubro. Pescadores tentaram resgatar o animal e chamaram pesquisadores e órgãos de proteção ambiental. No mesmo dia, a baleia conseguiu se libertar e foi acompanhada até o mar aberto. O grupo de pesquisadores continuou na área nos dias seguintes mas não voltou a avistar o cetáceo.

Além dos moradores locais e Grupo de Pesquisa em Biologia e Conservação de Mamíferos Aquáticos da Amazônia (BioMA), ligado à Universidade Federal do Pará (UFPA) e à Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), participaram do resgate e acompanhamento da baleia integrantes Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), pesquisadores do Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos da Amazônia (GEMAM) do Museu Paraense Emílio Goeldi, membros do Corpo de Bombeiros e pesquisadores da Resex Marinha Mestre Lucindo, em Marapanim. Esses últimos acompanharam o animal até que deixasse de ser avistado.

Baleia Minke não foi a única da espécie encalhada no Pará - O especialista em cetáceos revela que essa espécie frequenta o litoral paraense e costuma viver em águas mais profundas. Mas “não é o primeiro que encontramos encalhado. Já vimos esta espécie presa na área de Santarém, no Oeste paraense, porém, não é comum que elas cheguem tão perto da costa, nem que entrem nos rios”, insiste o integrante do BioMA.

Os pesquisadores não sabem como o animal se perdeu. “Ela pode ter se ferido em um acidente envolvendo barcos ou pode ter alguma doença no sistema respiratório, que causa desorientação. De todo modo, ela estava debilitada e, estando ferida ou doente, poderia voltar e encalhar novamente. Por isso, continuamos a acompanhar a situação, mas, infelizmente, o animal não resistiu e morreu”, lamenta Gabriel Melo Santos.

•          Serviço
Para denunciar o encalhe de animais em rios e praias paraenses entre em contato com o BioMA
Informações no site (http://bioma-research.weebly.com/) ou no Facebook do BioMA (https://www.facebook.com/biomaufpa/).     
Contato: bioma.ufpa@gmail.com ou ainda pelos números: 3201.7766 e 98137.0377

* Colaboração Assessoria de Comunicação da UFPA