A segunda fase da campanha
estadual pelo Dia Nacional de Combate à Sífilis, promovido pela Sespa, será
iniciada nesta quarta-feira, 19, aos pacientes atendidos na Unidade Básica de
Saúde do Marco, vinculada à Universidade do Estado do Pará (Uepa). Lá serão
oferecidos os mesmos serviços realizados na Uremia, como testes rápidos e rodas
de conversas. Em todos os módulos, os pacientes que forem diagnosticados com
sífilis serão prontamente encaminhados para tratamento onde fizeram a testagem.
“Na Uremia há uma equipe pronta pra acolher essa paciente que for
diagnosticada”, explica a diretora da Unidade, Giselle Botelho. A terceira fase
da campanha acontecerá no dia 21 deste mês, por ocasião do lançamento da
videoconferência “Manejo Adequado da Sífilis Materno-Fetal no Estado do Pará aos
Profissionais de Saúde da Atenção Básica e Maternidades”, em local ainda a ser
definido.
Números - Reflexo da falta de
diagnóstico precoce e de tratamento correto da gestante infectada por parte da
atenção básica, as notificações de sífilis congênita no Pará vêm aumentando nos
últimos anos: em 2010 haviam sido 440 casos; 2011 com 551; 2012 com 540; 2013
com 608; 2014 com 817 e 2015 com 904. Em média, 2% dos nascidos vivos no Pará
nascem com a doença. Os dados também indicam um avanço no número de casos em
mulheres ainda grávidas: em 2012, a sífilis foi diagnosticada em 923 gestantes
no Pará; em 2013, eram 1.106; em 2014 foram 1.279. Já em 2015 os números
subiram para 1.537 casos e, durante este ano, já foram 329 com resultado
positivo. Deborah Crespo orienta que as grávidas devem fazer o teste da aids e
da sífilis no primeiro e no terceiro trimestre da gestação, durante o
pré-natal. “A mulher precisa exigir esses testes nesses períodos da gestação.
Os testes estão disponíveis nas Unidades Básicas dos 144 municípios. Caso seja
confirmado em um dos dois, é preciso tratar o casal”, explica.