O Ministério do Desenvolvimento
Social e Agrário anunciou a convocação de 13 mil beneficiários do Bolsa Família
que tiveram o pagamento suspenso em outubro após cruzamento de dados do
Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal e do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) que identificou doações eleitorais incompatíveis com a renda
declarada por eles. O levantamento revelou indícios de contradição em doações
de campanha feitas por 16 mil beneficiários. Desse total, o ministério
identificou 3 mil pessoas que já haviam sido excluídas do programa por não se
enquadrarem mais nas regras. Os demais 13 mil terão agora que atualizar os
dados cadastrais para ter o benefício desbloqueado.
Os beneficiários do Bolsa Família
não são proibidos de fazer doações de campanha, mas, segundo o ministério, o repasse tem que ser coerente
com a renda declarada pelas famílias no Cadastro Único. De acordo com a pasta,
há indícios de uso indevido dos CPFs dos cadastrados no programa por terceiros.
As famílias que tiveram o benefício do Bolsa Família suspenso foram notificadas
por mensagem no extrato de pagamento e terão seis meses para fazer a
atualização cadastral no setor responsável pelo programa nos municípios. É
necessário apresentar documentação de toda a família e o comprovante da doação
eleitoral, se for o caso.
Quem não apresentar justificativa
nesse prazo terá o benefício cancelado e quem não se enquadrar mais nos
critérios do programa será desligado. Nos casos de pessoas que não fizeram
doação de campanha, mas tiveram o CPF incluído entre os doadores, é preciso
comunicar o erro à gestão do Bolsa Família no município em que reside.
Agência Brasil