Bombeiros continuam as buscas por desaparecidos em naufrágio no Rio Pará

A procura continua pelos passageiros que caíram no rio Foto Ascom/Segup

 
As buscas pelas dez pessoas desaparecidas no naufrágio ocorrido na quarta-feira (7), no Rio Pará, na baia do Marajó, próximo ao município de Ponta de Pedras, continuam. Os órgãos que integram a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) trabalham também nas investigações sobre o acidente. O Corpo de Bombeiros Militar do Pará confirma que até o momento houve uma morte e pede a colaboração de familiares e da população para que forneçam informações sobre pessoas que estão desaparecidas e ainda não foram listadas.

Uma sala de situação foi montada na sede do Comando Geral do Corpo de Bombeiros, em Belém, com apoio da Defesa Civil, onde toda a operação tem sido monitorada. Ao todo, quase 100 pessoas dos bombeiros de Belém, Barcarena e Abaetetuba, além do Grupamento Fluvial e Marinha Brasileira estão dedicadas a missão de buscas dos desaparecidos.

“Foram resgatadas 40 pessoas com vida e 10 pessoas continuam desaparecidas. Estamos com algumas dificuldades, pois não há registro da lista de passageiros. Nós chegamos a essa número graças aos familiares que entraram em contato conosco e as buscam continuam. Pedimos também a colaboração da população para nos repassar qualquer informação que possa nos ajudar na identificação de possíveis desaparecidos”, explica a major Ciléia Mesquita.

Desaparecidos - De acordo com o Corpo de Bombeiros ainda estão desaparecidos: Raimunda Teles dos Santos, Maria de Nazaré Morais de Oliveira, Pedro Serrão Santa Rosa, Socorro Pereira de Alcântara, Izanete Tavares Amaral, Ivonete Tavares Amaral, Josefina Barbosa Cardoso, Raimundo Soares dos Santos, Doney Joaquim Conceição e Joaquina Damasceno.

No momento, mergulhadores fazem as buscas para localizar o navio, onde podem estar possíveis vítimas. Outra equipe com lanchas está vasculhando todas as beiras de rio em ilhas próximas em busca de corpos ou sobreviventes.

O delegado Arthur Braga, do Grupamento Fluvial, está dedicado também às investigações sobre o naufrágio e seus responsáveis. “Já está sendo instalado o inquérito policial e estamos pegando informações da Capitania dos Portos e demais órgãos reguladores sobre a documentação referente a esta embarcação. Neste momento estamos dando prioridade total às buscas nos rios. Vamos ouvir as pessoas resgatadas e o dono da embarcação. O fato de não termos uma lista de passageiros já é uma ilegalidade e um desrespeito às normas de navegação e ao nosso trabalho na investigação do número de vítimas”, detalha o delegado. Até o momento a única morte registrada foi a de Joaquim Boulhosa, 52 anos.

Desde o início da manhã de quinta (8), equipes do Corpo de Bombeiros de Barcarena, Belém e de Abaetetuba, entre eles mergulhadores e guarda-vidas, fazem buscas em vários pontos, entre Ponta de Pedras e Barcarena. Integrantes da Capitania dos Portos, do Grupamento Fluvial e da Companhia de Policiamento Militar atuam nas buscas a possíveis sobreviventes. Um helicóptero do Grupamento Aéreo da Segup atua também operação de resgate.

A embarcação teria saído por volta das 13h de Belém com destino a Ponta de Pedras e, próximo do município, nas imediações da Vila de Carapijó, uma forte maresia acabou virando o transporte com dezenas de pessoas.

Serviço:


Qualquer informação que possa ajudar no trabalho de buscas dos desaparecidos, dos sobreviventes ou a da embarcação deve ser repassada imediatamente para o Corpo de Bombeiros por meio dos telefones 190 ou (91) 988996323.