Operação Recreio fecha casa de shows por venda de drogas e presença de menores

O Sistema Integrado de Segurança Pública do Pará realizou entre a noite de domingo (4) e a madrugada desta segunda-feira (5) uma operação policial que encerrou uma festa regada a drogas e com presença de dezenas de adolescentes, promovida em uma casa noturna de Ananindeua, na região metropolitana de Belém. Denominada operação Recreio, nome do estabelecimento alvo da abordagem, a ação policial teve início por volta de 19 horas, quando policiais civis e militares, além de equipes do Detran, chegaram ao local. Denúncias dava conta de que naquela casa de shows estaria ocorrendo uma festa reunindo quase 300 pessoas para comemorar os 27 anos da Torcida Organizada Remoçada (TOR), que foi extinta há nove anos por ordem da Justiça. No local, a atração era um DJ que tocava funks conhecidos como "proibidões", com letras que fazem apologia ao crime.

Durante revista no interior da casa de shows, os policiais encontraram restos de pasta de cocaína jogados no chão. Os participantes foram revistados e tiveram as identidades solicitadas e checadas. Wellington Duarte do Espírito Santo, que vendia bombons no estabelecimento, foi preso em flagrante por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. Com ele, foram encontradas 28 petecas de pasta de cocaína e um revólver calibre 38. No lado de fora, equipes do Detran apreenderam diversas motos com irregularidades. Outras duas pessoas foram presas em flagrante. Uma delas - Marcelo Sousa de Oliveira - foi autuado por alcoolemia. Como cabe fiança, conforme previsto em lei, ele pagou o valor de R$ 907,23 e vai responder pelo crime em liberdade.

Também autuado por conduzir sem carteira de habilitação, Fábio Tavares Amoedo ofereceu R$ 100 a um agente do Detran para não ser apresentado na Delegacia e foi autuado por crime de corrupção ativa e infração de trânsito. Ao todo, mais de 150 pessoas sem documentação foram conduzidas para a Unidade Integrada Pro Paz do Distrito Industrial, para averiguação. Do total, 62 eram adolescentes. Três deles eram menores em conflito com a lei. Um deles é fugitivo do Centro de Internação do Adolescente Masculino (CIAM), em Belém, e outros dois são fugitivos do município de Castanhal. Os demais foram conduzidos ao Conselho Tutelar de Ananindeua para serem entregues aos pais ou responsáveis. O promotor da festa vai responder por crime de desobediência à ordem judicial e poderá ter licença de funcionamento cassada pela Divisão de Polícia Administrativa (DPA), da Polícia Civil, por causa da presença de menores em desacordo com a lei. 

A operação foi coordenada pelo Sistema de Segurança Pública, por meio da Secretaria Adjunta de Gestão Operacional (SAGO) e Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (SIAC), com a atuação de mais de 100 agentes públicos sob comando dos delegados Claudio Galeno e Marco Antonio Duarte, e do coronel Simão Salim, comandante de policiamento da Região Metropolitana, da Polícia Militar. A operação contou com policiais civis de Seccionais de Polícia de Belém e região metropolitana vinculadas à Diretoria de Polícia Metropolitana e Superintendência de Polícia Metropolitana; da Divisão de Polícia Administrativa (DPA) e Grupo de Pronto-Emprego da Polícia Civil (GPE), policiais militares da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam) da PM, homens da Polícia Rodoviária Federal, agentes do Detran, Corpo de Bombeiros, Centro de Perícias Científicas Renato Chaves e da Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe), com apoio do helicóptero do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp).